sábado, 30 de outubro de 2010

Ser cigano



O céu é o meu teto
A terra é a minha pátria
E a liberdade é a minha religião.

Eu sou um cigano, de corpo, alma e coração.
“Sou um espírito livre, nômade, sem lugar fixo no mundo”
Sou livre como o vento.
Puro como a água.
Vivo como o sangue que corre em minhas veias.

Ser cigano é ser livre...
A liberdade pulsa no seu coração, no seu sangue e na sua mente.
Não é só a liberdade de poder ir aonde bem entender.
É a liberdade dos sentimentos,
Dos sonhos
E dos seus próprios valores.
Liberdade do respirar,
Da inspiração,
Da ousadia,
Do coração.

Sou livre quando danço,
Quando canto,
Ou quando toco algum instrumento.

Sou livre quando criou minha própria arte
E quando cuido dos meus (família e amigos).

Ser cigano é ter no sangue a magia,
O mistério.
É saber cantar,
Dançar,
Ou tocar com o coração,
Pois a musica é feita com o coração.
A musica pulsa como o meu e o seu coração.

Tenho uma vida simples,
Pois é na simplicidade que encontro a felicidade.
Não busco riqueza por apenas buscar.
Trabalho duro para viver bem e feliz.
Sei que a maior de minhas riquezas vem da minha alma,
E quando a alma é simples tudo fica mais fácil.

Leio o destino, mas também leio o coração  e a alma.
Se os olhos são a janela da alma,
Então é pelos teus olhos que vejo quem você é...

Cigano que é cigano tem intuição forte
Entende um olhar
E sente a vibração de qualquer lugar.

Tem os sentidos apurados
E sempre se entrega aos seus sentimentos.

Ser cigano não está nas roupas
Na dança
Na musica
É bem mais que isso...

Está no jeito,
No sorriso,
No olhar
Nas mãos
E em cada parte do seu corpo.

Está no respirar,
No pensar,
No sentir,
No falar
E no viver...

Ser cigano é ter sentimentos.
É ser livre
E acreditar na vida.

É principalmente...
Acreditar no invisível aos olhos...

Eu posso ser cigano em cada dia
Desde o acordar ao me deitar.
Posso ser cigano quando olho a liberdade...
Mas sou cigano quando faço do mundo o meu lugar.

D.L

Esse texto enviado para mim por um grande amigo meu, Paulo. Que conheceu o dono desse maravilhoso texto em Paris. Texto escrito pelo cigano Dylan Lankovik, o escritor.
Obrigada Paulo pelo belo texto!
Obrigada Dylan pela beleza de sua obra. 

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