O verdadeiro amigo
Chega sem dizer porque,
Respeita sua opinião,
Mas diz o que tem a dizer.
Não precisa de álcool
Para iniciar uma conversa,
Ri e brinca na hora certa,
Não precisa de palavrões
Para dizer-se alegre.
Não chama a atenção
Com cenas ridículas.
Não pensa em pedir algo
Mas em oferecer-se
Como presença e família.
Participa das alegrias,
Não tem ataque de frescura,
Nem melindres.
É mão que sempre surge,
Espontaneamente, na dor
Um verdadeiro amigo.
Pode não saber a hora de chegar,
Mas sabe a hora de sair.
Um verdadeiro amigo
É mais guindaste que carga,
É mais ouvido que boca...
(leitura extraída do livro: “O diabo é cor-de-rosa” de Neimar de Barros)
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