Mostrando postagens com marcador cuidados com cachorro idoso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cuidados com cachorro idoso. Mostrar todas as postagens

domingo, 21 de abril de 2013

Nova fase da Branquela - parte 6



Sei que já tem um certo tempo que não venho até aqui falar da minha cadelinha Branquela. E que da ultima vez que falei sobre ela, ela se recuperava da doença do carrapato. Pois bem, ela se recuperou, porém permaneceu com a artrite e com a insuficiência cardíaca dela.

Passado dois meses – fevereiro e março – do acontecido. Eis que minha menina novamente me dá outro susto. Ela começou a mancar do nada. Corri a levei na veterinária aqui do lado, fizemos um exame de sangue para vê não seria doença do carrapato de novo, e o resultado deu negativo. A Branquela estava melhor do que eu.

A dor seria apenas da artrite mesmo. Iniciamos com um remédio, chamado Meloxivet, que é um anti – inflamatório e anestésico. Isso aconteceu na quinta-feira da semana passada. No sexta ela ainda estava mancando e sentindo muita dor, então a Dra. Juliana mandou que eu iniciasse  o Alcort 20mg. E assim foi feito.

Terça-feira a noite, minha menina teve uma diarreia daquelas, tanto que se sujou inteira. Suspeito que tenha acontecido dela cai, por isso ter se melado. Quando vi, a peguei e junto com a minha cunhada, Andrea, fomos “banhá-la”. Na verdade, lavamos a metade suja, pois já estava muito tarde para um banho completo.

No dia seguinte, já medicada. Minha menina ainda estava mancando, porém andando. Passemos pelo jardim daqui de casa e fomos até a veterinária, tomar banho de toda semana. Pronto! Até aqui foi isso que aconteceu.

Eu a levei por volta das 9 horas. Deu meio dia e a minha menina não voltou. Comecei a achar que algo errado tava acontecendo e quando o telefone tocou e o Edinho me falou que a Dra. Juliana queria falar comigo, o coração simplesmente apertou. Fui correndo e quando chego lá minha menina está tomando soro.

A Ju me explicou que durante o banho, o tosador achou a Branca esquisita, muito quieta, parecendo uma bonequinha de pano. A primeira providencia foi pôr no soro, com glicose para tentar animar a Branquela, depois colheu-se sangue para uma sorologia focada na doença do carrapato, já que por meio de exame de sangue ficaria mais difícil de ser diagnosticada, pois a Branca já estava tomando corticoide e isso levantaria o número de plaquetas dela.

Passamos um bom tempo lá. Primeiro por que eu não consigo deixar a Branquela na hora que ela tá doente; segundo porque o veterinário, é do lado de casa e terceiro por que a Branca tinha que sai de lá bem. Tinha, porque não foi bem o que aconteceu.

A Branquela voltou para casa sem andar. Ela tem sensibilidade nas patas traseiras, mas não consegue apoiar as patas no chão. Na verdade, ela só consegue ficar deitada. Isso é torturante! A Juliana quis internar, eu fui quem não deixei. Como disse, só internaria se fosse num local que eu pudesse ficar junto, se não, nada feito.

Honestamente, me desculpe as clinicas veterinárias de plantão, mas não existirá lugar melhor para a minha menina fica que não seja aqui em casa comigo. Eu posso até tá piorando o quadro dela, mas aqui comigo, ela tem os medicamentos na hora certa, com direito a dengo, a carinho, a comidinha na mamadeira e todo o conforto da casa dela, da cama dela. Junto da dona dela.

Os diagnósticos são desencontrados: ora achamos que fosse novamente doença do carrapato, a sorologia provou que não; ora uma infecção que foi mostrado no exame de sangue, mas isso não causaria a paralisia parcial das patas – somente das patas, porque o rabo continua movendo-se quase que tranquilamente. Ela senti o estimulo, mas não se sustenta nas patas, nem levanta as patas para a posição certa da passada, quando colocamos na posição errada.

Não sabemos muitos detalhes, pois aqui em Fortaleza não existe um tomografia para cães e gatos. Uma vergonha por assim dizer. Então não tem como saber se foi algum problema neurológico.

Trabalhamos com a hipótese de ser um problema de artrite, medicamos para diminuir as dores e tentaremos fazer acupuntura, assim que conseguirmos falar com a veterinária responsável por tal procedimento.  O raio x ainda não pode ser feito, já que a Branca senti muita dor, ao ponto de me morder e morder a minha mãe também.

Cá entre nós, ela pode morder quantas vezes ela quiser. Eu não vou desistir dela... por enquanto o que podemos fazer está sendo feito. Ela está tomando Alcort 20mg, Buscopan, Dipirona, Luftal, Enropet, Lasix. E continuando o uso do Condrix, Geriatric e Fortekor 5, que são os medicamentos que ela permaneceu usando de janeiro para cá.

Infelizmente a Branca não consegui levanta para fazer xixi nem coco, ambos são feitos num tapetinho próprio para absorver o xixi. Ela também tem que fazer deitada, o que muitas vezes a incomoda, já que a Branca é uma cachorra limpinha que odeia tá molhada ou suja. A solução foi lenços umedecidos, higiapele com algodão para um banho diário e muito cuidado para troca de tapetinhos não acontecer bem na hora que ela tá mandando mais uma remesa de xixi.  

Olhando para a Branquela dormindo agora, fico imaginando a dor que ela está sentindo, sem poder andar, sem levantar direito. Minha menina sempre foi tão independente, tão dona de si. E agora, dependendo de minha ajuda para tudo.

Acho que acabamos estreitando ainda mais os laços de amizades entre eu e ela. Nunca imaginei que minha menina poderia passar por uma situação como esse, nem nos meus piores pesadelos. Isso é doloroso de vê... mas acho que a doença dela de Janeiro desse ano me mostrou o quanto sou completamente apaixonada por minha cadelinha. Paixão não, o que sinto pela Branquela é amor, o mais puro amor que um ser humano pode sentir por seu animalzinho de estimação.

Eu sei que é difícil para mim. Mas também deve ser difícil para ela. A mordida não foi nada demais, por mais que a mão da mãe esteja machucada e inchada, mas a minha não, se precisar, e se isso alivia a dor dela, pode morder o quanto quiser.

O que eu quero agora é ver essa minha pequena peludinha correndo de novo dentro de casa. Indo para cima e para baixo atrás de mim. Sentadinha bem no meio da rampinha que fizemos para ela no quintal. Paradinha no meio das portas de casa. Batendo na porta do consultório para entra. Eu quero a minha pequena comigo...

Minha menina tenho certeza que logo você vai ficar boa de novo e poderemos brincar o tempo todo. Só luta mais um pouquinho, por que eu não vou desistir de você e sei que você não vai desistir de mim. Eu sei disso e confio que você vai melhorar.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Nova fase da Branquela - parte 5


Olá meus amigos,
Tudo bom?
Sei que faz um tempinho que não posto nada sobre a Branquela e sua nova fase. Peço desculpas, mas ando me acostumando com esse novo momento da minha vida também.
Da ultima vez que nos falamos a Branquela andava tremendo e eu não sabia qual o motivo. Então fui à veterinária e juntas decidimos fazer uma série de exames: eletrocardiograma, um eco e uma pressão arterial.
Admito que quando a Dr. (a) Juliana me falou em fazer os tais exames, isso me fez pensar no caso. Cheguei a falar com a minha mãe, que chorou mais do que eu, e eu acabei tento que ser forte para segurar a barra dela. Mas decidir: se a Branquela tivesse doença cardíaca e fosse preciso operar, eu não operaria.
Acreditem essa não foi uma decisão fácil. Mas ao colocar a Branca no colo, alisando aos pelos dela e deixando as lágrimas caírem, pensei em tudo o que ela passou até então. Ela foi guerreira na ultima cirurgia, foi guerreira a vida toda. Sempre demonstrou uma força incrível, mas operar de novo, ainda mais na debilidade que ele se encontrava estava fora de cogitação.
Eu iria me controlar. Cuidar das dores dela até o ultimo momento e deixar minha menina o mais confortável possível. Sem atos heroicos ou atitudes desesperadas. Apenas cuidar dela e deixar o curso da vida seguir. Seria difícil, mas seria o que eu faria e eu sei que ela entenderia perfeitamente essa minha atitude.
No dia do exame, levantei cedinho e junto com uma amiga (Janice) fomos fazer o eletro e a pressão dela. O eco ficaria para uma semana mais na frente. Coloquei a Branca nos braços, com sua colerinha branca cheia de brilhinhos. Alisando os seus pelos e rezando para que desse tudo certo.
Admito que estava nervosa, pois da ultima vez que estive naquela clinica fiquei traumatizada com o raio x. Mas o exame até que foi bem tranquilo, a Branca só teve um pedacinho da patinha raspada, mas nem dá para vê direito.
O nervoso aumento ainda mais, quando chego em casa e vou com os exames na veterinária, aqui do lado. A Dr.(a) Juliana já estava com os exames na mãos e as noticias não eram das melhores, havia alterações preocupantes, e seria preciso as pressas o eco e da avaliação de um especialista em cardiologia canina. Conseguimos para a manhã seguinte, graças a Dr. (a) Juliana.
Fiquei mais preocupada ainda. Coloquei meus joelhos no chão, coisa que em raros momentos faço, e entreguei a vida da Branquela nas mãos de Deus e de São Lazaro. Eles saberiam o que fazer. E souberam mesmo.
A médica que fez o exame era especialista e examinou a Branca com todo carinho. Explicou-me o que a doença do carrapato fazia com o animal, que seria possível ficar sequelas e que na idade em que a Branca estava poderia ser perigoso.
Durante o exame cardíaco ouvi o coraçãozinho da minha menina e a veterinária me explicou que o coraçãozinho dela batia fraquinho, que havia refluxo sanguíneo, mas que para a idade dela não era nada mal, pelo contrario, ela estava com problemas, mas com cuidados ficaria bem.  Gostei do diagnostico. Gostei de saber que minha menina tinha chances de vida. Era só tomar os remédios.
No dia do exame, falta ainda 15 dias para terminar o remédio da doença do carrapato e a Branca havia emagrecido, agora estava com 7 kg e 800 gramas. O novo quadro era: 14 anos, 7,8kg, doença do carrapato, anemia, refluxo sanguíneo, dores articulares.
Os dias foram passando e a Branquela tomando os remédios. O que agora me preocupava era a perda de peso tão rapidamente. Num ato de loucura total comprei uma mamadeira, na verdade uma chuquinha (igualzinha a da imagem), algumas sopinhas de neném e outros alimentos para bebê, o que inclui farinha láctea, mucilon, frutas tipo papinhas e outras coisas mais. (também nas imagens abaixo).
 

Chegando em casa, fui testar a nova brincadeira de alimentação da Branquela. Eu não, na verdade a minha mãe. O primeiro alimento foi a papinha de farinha láctea. Ela comeu com tanta vontade e de um jeito tão lindo.
Foi essa atitude que fez a Branquela melhorar de vez. Dávamos alimento liquido de duas em duas horas e ainda colocávamos a carne dela. Ela tava começando a se alimentar de verdade. Porém a única coisa que ainda não pegava era água.
Isso realmente era preocupante. Foi quando tivemos a ideia de colocarmos água de coco na mamadeira e darmos para ela.
Pronto! Foi isso que salvou a vida da minha menina.
Hoje, 12 de Fevereiro de 2013 Branquela está pesando 8,2kg comendo praticamente tudo que você imaginar e ainda tomando papinhas e mucilon na mamadeira (acho que gostei da sensação de alimentar minha menina nos braços.
Hoje minha menina está de alta medica, sem doença do carrapato, praticamente sem anemia. Recuperando o peso dela e sem dores articulares.
Agora não dorme tanto como antes, já consegue subir e descer as escadas (por mais que eu não goste muito da ideia de vê-la subindo sozinha). Já anda a casa toda, balança o rabinho, late e até brinca com a gente.
Tenho muito que agradecer a Deus e a São Lazaro. Agradeço pelo apoio que me deu nas minhas horas de agonia total; por não terem me levado minha pequena travessa. Agradeço pelo tempo extra que estou tento com ela.
Agradeço a minha mãe, que me ajudou a cuidar da Branquela; me ensinando como dá mamadeira e como alimentá-la sem machucá-la. Peço desculpas se falei algo que lhe ofendeu. No nervoso e no medo de perder minha filha sei que estava insuportável. Obrigada por me ajudar com a Branca, por desculpar as mordidinhas que ela tava dando e por consolar meu choro, por mais que a senhora chorasse também.
Obrigada a Dr. (a) Juliana Furtado por mais uma vez ter cuidado da minha menina, por toda dedicação e carinho que teve conosco. Obrigada por me acalmar nos momentos do meu desespero, por tratar da Branca com todo carinho e por ter curado minha menina. A senhora, o Edinho e toda a equipe do Meu Amigãozão foram maravilhosos comigo e com a Branca.
Agradeço a clinicas que a Branca fez os exames, a todos os médicos que auxiliaram nos exames e atenderam a Branca. As segundas opiniões de vocês foram tranquilizantes.
Agradeço a Ieda que me aguentou falando da Branca sem parar, chorando feito criança. As orações dela e da minha cunhada Andrea também. Obrigada aos pedreiros que estão trabalhando aqui em casa, que tiveram uma paciência de Jó com a Branca e comigo (João, Luan, Chiquinho, Antonio, Chico,Raimundo, Marcos, obrigada de coração pelos cuidados com a Branquela). Obrigada ao Coca e a Cleu por também cuidarem da Branquela. Ao Coca pelas águas de coco sempre docinhas, pelos passeios na frente da casa e por deixar a Branca fazer xixi no seus quarto.
 Agradeço a Janice por me ajudar a levar a Branca no médico para fazer os exames e por dá uma de babá de vez enquanto. Obrigada ao Negão e a Lina por levarem a Branca para fazer o raio x logo no começo da doença.
Agradeço aos meus cliente que tiveram paciência comigo e que torceram junto comigo pela recuperação da Branquela. Uma das minha cliente me disse algo que ficará na minha memória eternamente: “ A Branquela já é parte de você, é impossível não chegar aqui e não te ver com a Branca. Acho que sem a Branquela você não consegui trabalhar direito.”
Ela disse tudo mesmo!
Hoje meu agradecimento final é para a minha menina. Obrigada Branca por me fazer aprender a amar de verdade, por me ensinar a força que um amor tem; por transformar a minha vida; por criar luz aos meus dias; por simplesmente me amar como você me ama. Obrigada por ter me dado a vida, já que desde que você veio para o meu caminho a vida se fez presente em mim.
Obrigada por dividir comigo sua vida e por fazer a minha vida tão especial. Te amo muito!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A nova fase da Branquela - parte 4



Olá pessoal,
Sei que ainda não falei como minha menina está para vocês e que no post passado falei mais de mim do que dela em si. Mas a Branquela está caminhando...
Como falei ela emagreceu, pois quase não está comendo. Uma latinha de Royal recovery que possivelmente daria para duas refeições, ela está comendo em quatro, isso quando consegue comer tudo que está na vasilha dela.
Água ela está bebendo pouco. Principalmente se eu molho minha mão com a água e passo no focinho dela. Ultimamente esse é um dos meus momentos favoritos, molho minha mão na vasilha de água dela e ela vai lambendo-a, aos pouco ela vai descendo a cabeça e consegue encontrar a vasilha.
Ao mesmo tempo que é um dos meus momentos favoritos, por ela está me dando carinho, é um dos momentos mais dolorosos para mim, pois vejo que minha pequena não consegue tomar água sozinha, nem comer sem que eu tenha que atrai a sua atenção para a vasilha.
Ela já não mais esta tomando os corticoides que tomava para as dores articulares. Menos um remédio para tadinha. Mas ainda continua com o ferro, com o suplemento alimentar (geriátrico), com o cálcio e com o remédio para a doença do carrapato, que é o que mais me preocupa nesse momento. Ainda falta mais quinze dias de tratamento, mas minha pequena será forte e cumprirá tudo até lá.
Uma ultima coisa que percebi nesses últimos dias. A Branquela anda tremendo muito. Alguns sites dizem que seria frio, outros que alguma doença neurológica, ou velhice mesmo. Ainda não sei o que é, mas muito me preocupa. Quando percebo que ela está tremendo, a coloco no meu colo e tento acalmá-la. Algumas vezes ela dorme no meu colo, mas ontem ela estava agitada e foi então que notei que ela está sentindo-se desorientada quando aos locais que ela se encontra.
Como assim?
Bom, que tal ela querer se esconder debaixo da estante dos meus livros, sendo que lá não entra nem a cabeça dela? Ou então querer passar entre o pé da cadeira e da mesa, onde talvez só caiba a pata dela?
Sem falar que agora ela deu para levantar e ficar andando em círculos. Quando não fica parada em frente a porta ou a parede como se estivesse de castigo.
O mais engraçado foi esse dias. Eu e a mãe mudamos de quarto. O meu quarto agora é meu escritório de estudo e o quarto da mãe é onde eu, a mãe e a Branca dormimos. Lá colocamos um guarda-roupa novo com um espelho na porta. A Branca estava parando em frente ao espelho e ficava olhando por um bom tempo para o espelho. Minha mãe brincando com a Branca, dizia ser outro cachorro e que estaria mandando o cachorro embora. Então abria a porta do guarda-roupa para sumir a imagem da Branca. Foi quando percebemos que ela entrava no guarda-roupa atrás do cachorro. Ou então ia para uma das portas do guarda-roupa e ficava com a cabeça encostada nele, como se estivesse cheirando.
Só que quando isso acontece, ela não se move por um bom tempo. Em alguns lugares que li, dizem que isso é comum na velhice, mas em momento algum eles falam o quão doloroso é para seus donos verem aquela cena.
Bom, nesse momento ela dorme na caminha dela aqui do meu lado. A olho com tanto carinho, agradecendo-a por mais um dia comigo e rezando para que amanha quando acordarmos estejamos juntas novamente.

A nova fase da Branquela - parte 3




Olá pessoal,
Peço desculpa por não vim mais falar da Branquela para vocês. Acho que estou tentando o máximo possível entender o que está acontecendo com ela. A nova fase dela me preocupa um monte principalmente por que tenho que aprender a lidar com ela, com as mudanças na rotina da minha menina e com todas as novas descobertas que estou tendo em relação a essa nova fase; ela ainda exigir de mim paciência com a Branquela, comigo mesma e com as outras pessoas que não entendem o que está acontecendo com ela.
Descobri que rezar, chorar e abraçar a Branquela são as coisas que mais faço agora. Quase todas as noite vou dormir de olhos vermelhos por ver minha menina tão desanimada, tão desprotegida.
Tudo aconteceu tão rápido. Ela estava bem numa quinta, na sexta ela aparece mancando, no sábado não quis comer e na terça-feira descubro que ela está velhinha, anêmica e com a doença do carrapato.
Não consigo me perdoar por isso. Um único carrapato ter feito isso com a minha menina. Eu que nunca descuidei dela e num único passeio, um único filho de uma mãe conseguiu causar tudo isso.
As dores na patinha passaram mais. Porém agora ela senti dificuldade para levantar quando passa um bom tempo deitada – o que tá acontecendo direto. Outra dificuldade que ela está tendo é descer ou subir batentes ou escada (a escada ela está subindo e descendo nos braços, já os batentes que dão acesso ao quintal, esse as vezes ela desci sozinha, as vezes ela fica com medo e eu a ajudo, ou outra pessoa que esteja perto)
Por falar em outras pessoas, acho que esse é o maior de todos os problemas que tenho enfrentado ultimamente, pois é tão difícil conseguir explicar as pessoas que a Branquela não mais consegue fazer tudo o que antes ela fazia. Alguns me olham como se eu tivesse perdendo tempo, outro com olhar de que a Branca está quebrada e que o melhor seria trocar por outro. E ainda tem aqueles que entender um pouco minha dor, mas não tem a mínima ideia como dói mais na Branquela do que em mim.
Lógico que sinto dor, mas eu posso falar, escrever e expressar o que estou sentindo. A Branca não. Ela não chora nenhum minuto si quer. Não late, não choraminga ou coisa parecida. Se eu colocá-la em um canto deitada, lá ela fica até eu volta sem se mexer um dedinho si quer.
Logo ela que sempre foi tão independente, corria para onde queria, andava a casa toda, mandava e desmandava nos cômodos daqui de casa. Subia no sofá, implicava comigo na cama, fazia a festa de manhã cedo ao acordar ou quando eu chegava da rua. Agora nem isso mais faz.
Muita gente diz que, o que se espera de um cachorro é animação, proteção e vitalidade. E que quando um animal não está dando isso ao dono, algo de errado tem. Minha pequena por anos foi minha companheira de estudo, de bagunça; por anos escutou todas as minhas filosofias de vida, os meus grilos em relação a tudo; ouviu eu falar dos garotos que me interessei, dos amigos que conquistei, dos medos que tive e até dos que venci, sempre balançando aquele rabinho tão animada e me dando o carinho que eu precisava, mas ultimamente minha pequena anda tão muchinha que dá até pena ver.
Branquela sempre foi muito animada, corria a casa toda quando me via chegar em casa, hoje no máximo abana de leve o rabinho. Ela é a alegria daqui de casa. Todas as vezes que fecho meus olhos lembro da minha menina correndo as escadas pra cima e pra baixo atrás de mim, muitas vezes ainda com o lençolzinho dela cobrindo seu pelo; outras tantas correndo para não tomar um remédio, ou para não ir tomar banho.
Ela é a melhor coisa que aconteceu na minha vida e vê-la do jeito que está hoje me parte o coração.
As pessoas que a conhecem, notam que há algo estranho, mas quando explico que ela já tem uma certa idade, que está com anemia e sendo tratada com a doença do carrapato, a primeira coisa que perguntam é se não seria melhor já imaginar um novo cachorro em casa; as vezes meio sem querer deixam subentendido se não seria melhor deixá-la e buscar um novo animal para casa.
Como se fosse tão simples assim?
Acredito que até seria melhor sim adotar um novo filhote. Talvez ela começasse a ter mais animo com um cachorrinho perturbando-a o tempo todo. Mas tenho medo de que ela se sinta abandonada por mim com a chegada de um intruso em casa. Já houve mudanças demais na vida dela.
Cheguei a falar com a veterinária sobre a possível doação de um cachorrinho da mesma raça da Branquela. Não como substituição dela e sim como forma dela se animar, já que na maioria dos artigos que andei lendo sobre cães idosos indicam que se tenham um outro animalzinho em casa. Mas começo a acha que seja mais para proteção do dono do que pelo animal em sim.
Estava determinada a fazer isso, mas quando cheguei em casa, olhei a Branquela num cantinho deitada, abanando o rabinho ao me ver, desistir completamente da ideia. Ela quando chegou para minha vida, chegou no momento mais delicado da minha historia. Ela foi minha tabua de salvação, se é que posso dizer isso assim tão abertamente. A amo tão profundamente e ao vê-la nesse estado, a única coisa que consigo pensar é que estarei junto dela o tempo todo, cuidando, protegendo-a e invertendo os papéis mais uma vez.
Acho que ninguém nunca ira entender essa situação, mesmo por que nem eu mesma sei explicar. É difícil! A única coisa que sei nesse momento é que agradeço todos os dias por Deus me permitir mais um dia com a minha menina. Mesmo eu sabendo que deve está sendo mais dolorido para ela viver desse jeito tão “não ela”.
A Branquela está mais magra, comendo pouco – chego a achar que ela já não sente o cheiro do alimento. Bebendo pouca água, dormindo o tempo todo. Quando está acordada anda atordoada, como se não reconhecesse onde está.
Ando atrás da minha menina o tempo todo e qualquer sinal de melhora para mim já é o bastante para não esmorecer. Acredito que nessa nova fase da Branquela estou aprendendo que o amor que sinto por ela é tão forte e poderoso que está me dando dias extras com ela.
Em breve venho com mais noticias sobre ela.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A nova fase da Branquela - parte 2


Mais uma vez venho postar sobre a Branquela e essa nova fase que admito está sendo bem complicada para mim e imagino que bem dolorosa para ela também.

Acho que o pior de toda  essa situação é você vê seu animalzinho, que antes comia tudo, que não negava nada... hoje nem si quer tocar na comida.

A Branquela não estava comendo absolutamente nada até ontem meio dia. Tentei de tudo, carne moída (que ela adora), leite, carne de lata dela, ração (essa é que ela não pega nem quando tá boa, quanto mais doente). As únicas coisas que ela ainda bebia era água de coco e três ou quatro lambidas naquelas sopinhas de criança.

Acreditem até passatempo recheado que é uma das grandes paixões da Branquela, ela tava negando.  Machuca pra caramba essa situação. Eu sei que ela sente fome, que tem até vontade de comer, mas a fraqueza e as dores não deixava que ela se alimenta-se. Ou talvez não mais sentisse o cheiro da comida.

Outra coisa que parte meu coração... A Branquela sempre andou atrás de mim direto. Se levanto, ela levanta também. Agora ela só consegue dormir e só percebi que sai quando sem querer ela acorda e vê que está sozinha no cantinho. Evito fazer isso, mas as vezes é inevitável.

Meus olhos se enchem de lágrimas quando a vejo me procurando sem me encontrar. Tento chamar, mais parece que minha voz também ela não ouvi. Aprendi agora que somente sons bem altos ela escuta, como o assobio, mas isso ela já associou a comida e fica difícil chamá-la para perto  por meio do assobio, já que quando ouvi ela vai para vasilha dela.

Outro momento que me feri a alma profundamente é a hora dos remédios. A Branca não engole remédio inteiro, nem misturado na comida. O jeito sempre foi dissolve-los e com uma seringa pôr na boca dela.

Ontem esse momento foi complicado. Ela simplesmente resolveu não engoli absolutamente nada. Tudo que eu colocava na boca dela, ela só esperava que eu baixasse a cabeça dela para derramar a metade.

Por um momento entrei em desespero total. A peguei com tanta delicadeza, acomodei seu corpinho cansado nas minhas pernas e sua cabeça nos meus braços e me coloquei a chorar.  Um choro tão dolorido, tão desesperado.

Alisava-lhe os pelos e conversava baixinho com ela, ora para não acorda minha mãe que dormia do lado, ora para niná-la em meus braços. Branquela ali mesmo dormiu. Me acomodei no chão, com as costas encostadas na cama e ali também cochilei, só acordei com o despertador me alertando da hora do próximo remédio.

Hoje ela amanheceu bem melhorzinha. Está se alimentando, bebendo água, andando bem melhor. Ainda dormindo muito e sem perceber minhas saídas, como é o caso agora. Ela ficou na sala e eu estou na salinha do computador.

Até lati hoje ela já latiu. Isso são músicas para os meus ouvidos. A Branca nunca foi de latir muito, mas todos os dia no fim da tarde, ela corria para garagem e ficava olhando os cachorros passarem, latindo para cada um deles como se dissesse que ali naquela casa tinha uma cadelinha que era dona do território.



Comecei a levá-la para passear no jardim daqui de casa e parece que começa a surgi resultados já que aos poucos ela se anima.

Dentro de breve, venho com mais noticias sobre essa nova fase na minha pequena.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Branquela: a nova fase da minha pequena - parte 1


Aprendi tanto com a minha pequena bola de pelos. Branquela hoje pesa 9kg, 14 anos de vida, dos quais 10 anos ela dividi seus sábios ensinamentos com essa que vos escreve.

Minha pequena é uma guerreira. Passou fome. Apanhou de moleques e desalmados; era cheia de carrapato, pulga e vermes. Tão medrosa que chega partir o coração aquele olhinho tristonho no meio de seu temor.

Sei de coisas absurdas que fizeram com minha pequena antes dela vim parar aqui em casa por definitivo. Ela chegou a ficar 4 dias sem comida, quando muito comia porcarias que a vizinha jogava para ela. Apanhou de vassoura e teve bombinhas de São João estouradas perto de seu ouvido. Viajava de um lugar para outro, sempre trocando de dono, por que quem dizia que a criava não parava em canto nenhum.

Um belo dia, minha pequena chegou para mim. Um presente de Deus. A coisa mais preciosa que ganhei nesses longos 10 anos. Depois de um belo banho, com direito a corte dos pelos, carrapaticida e uma tigela de leite depois, descobri que seriamos amigas durante minha vida inteira.

Minha menina hoje é bem cuidada. Tem sua caminha, que fica do lado da minha. Só dorme se for na cama dela, com o lençol dela e  no ar condicionado. Leite para começar bem o dia. Não anda mais de coleiro, nem presa em canto nenhum. Caminha livremente por toda a casa e manda e desmanda no espaço.

Tem comida e água fresca sempre disponível na sua vasilha. Banho toda semana no pet shop aqui do lado de casa, com tratamento vip de ser apanhada e entregue em casa. Atendimento veterinário sempre que a doida que aqui vos escreve nota algo estranho com ela.

Não lhe falta amor. Pelo contrario do funcionário que trabalha aqui conosco até os clientes que eu atendo como taróloga, todos são loucos por minha pequena menina. E ninguém, ninguém mesmo consegue entender como alguém poderia machucar um ser tão dócil como ela.

Branquela já passou por muitas coisas e hoje merece todo o carinho que ela tem aqui em casa. Minha menina ainda enfrenta as doenças que a vida lhe deu. E não são poucas não.

Por comer tanta nojeira com o antigo dono, Branquela desenvolveu uma rejeição por galinha. Toda vez que come um ossinho de galinha ou um pedaço que seja, ela vomita. Se comer rápido demais, ela vomita. E se for em grande quantidade também.

Há três anos descobrimos que ela tem glaucoma e labirintite. Há pouco mais de seis meses ela passou por uma cirurgia de Piometra Aberta, que graças a Deus foi um verdadeiro sucesso e minha menina se recuperou rapidamente, nem marcas ficaram dessa cirurgia.

Quando foi sexta-feira, Branquela surgi com uma novidade muito estranha. Ela estava mancando nas patinhas dianteiras. Parecia doer muito e eu corri desesperada para veterinária, Dr(a) Juliana, que cuida da minha pequena há mais de um ano.

Achamos que era apenas dor articular. Ouvi com atenção as recomendações e os remédios que teriam que ser dados a ela. Voltei para casa tranquila, afinal ela havia tomado uma injeção e logo estaria melhor.

Mas não foi o que aconteceu. No dia seguinte ela continuava mancando e agora não mais queria comer. Negou o seu leite, negou sua carne moída com seu arrozinho. Nego inclusive a sopinha de bebe que ela tanto adora.

Fiquei desesperada! Liguei para Dr(a) Juliana morrendo de medo de ser algo mais serio. Escuto o que ela tem a me dizer e aos pouco vou me acalmando. Principalmente quando a coloco em meu colo. Branquela fica mansinha como um carneirinho, dormindo no meu colo.

Mas a dor não passou. O domingo inteiro ela molinha, mancando e visivelmente sentindo dor. Comer ela começou a comer, mas ainda continuava preocupada. Eis que chega a segunda feira e com ela a chance de descobrir o que minha pequena tinha.

Foi feito um exame de sangue e um raio x de tórax e das patinhas dela. Eu sempre tive problemas em vê a Branquela tirar sangue, mas depois de vê e participar da tortura que é um raio x. Acho que nunca mais vou ter tanto medo assim de agulhas.

O importante é que descobrimos o que minha menina tem. Primeiro de tudo, hoje eu descobri que minha menina agora é uma senhorinha bem velhinha com 68 anos (já que ela tem 14 anos e considerado um cachorra pequena), por tanto tem que ser tratada com uma senhora de idade e deixar de comer ração para filhotes (isso vai ser bem complicado, já que ela tem maior preguiça em quebra as rações maiores no mastigar).

Descobri que ela tem esclerose e artrose. Mas o que me deixou mais preocupada mesmo foi com o exame de sangue. Branquela depois que veio para minha vida, nunca mais teve pulgas ou carrapatos, pois tava sempre sendo observada bem de pertinho e no primeiro sinal de um bicho estranho entre nós, corríamos para o pet shop com um putz carrapaticida na hora do banho.

Mas num fim de tarde, levei a Branquela para passear comigo. Andar de carro um pouquinho, conhecer um belo jardim, lá onde eu compro plantas para cá pra casa. Bastou isso, apenas isso para uma dessas pragas sanguessugas se instalarem no pelo macio e branquinho da Branquela.

Pronto foi apenas isso. No outro dia, senti uma carrapato e corri para o banho com ela. Mas ainda assim não teve jeito. Branquela ganhou uma doença de carrapato e uma anemia por conta disso.

Ou seja, além da idade, do glaucoma, da labirintite, da artrose ainda teremos que cuidas da doença do carrapato e da anemia. Quadro longo, né?

Pois bem, de hoje em diante, decidir que vou fazer textos contando como está sendo os cuidados com a Branquela e sua nova fase velhinha. Acho que vai ter muita coisa para vocês acompanharem e aprenderam comigo e com a Branquelinha.



Resumindo o quadro:

Peso: 9 kg

Idade: 14 anos

Doenças: Glaucoma, labirintite, intolerância a galinha,  artrose,  mancando das patas dianteiras, doença do carrapato e anemia.


Que dentro de muito em breve, venha com boas noticias com relação a saúde da minha menina.