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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Trabalho de logística sobre modais - introdução

Equipe:
Gleidson Max
Raimundo Gomes
Regilane Costa
Serdelina Glecia
Sérgio Gleiston

Introdução.
Os transportes de cargas possuem cinco tipos de modais, cada um com custos e características operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens, onde algumas são mais adequadas para um determinado tipo de mercadoria e outros não.
Sabemos que a distribuição é uma das fases mais criticas dos negócios e que dela depende parte importante da qualidade percebida pelo cliente.  Segundo Ballou (1998) o transporte é capaz de absorver entre 33,3 a 66,6% dos custos logísticos totais, além do que a confiabilidade de entrega é fruto do recebimento da mercadoria no prazo correto, com a embalagem correta, sem danos causados pelo transporte nem erros de faturamento. Por esse motivo é preciso analisar bem qual o modal que será escolhido para representar a empresa nesse papel tão fundamental da distribuição.
A escolha da melhor opção de modal vem a partir da análise dos seus custos, das características de serviço, das rotas possíveis, da sua capacidade de transportes – peso e medida; da versatilidade e flexibilidade que este proporciona a empresa que o contrata; da segurança e rapidez da entrega, são pontos fundamentais para o sucesso da logística da empresa.

Trabalho de logística sobre modais - 1º parte

1.      Distribuição na logística.
Distribuição nada mais é do que a operação pela qual se reparte um produto fabricado ou em processo de fabricação, entre diversos pontos de produção e/ou venda. É o repartir, o espalhar em diferentes sentidos, o entregar, movimentar cargas e produtos. Ela começa na fábrica do fornecedor de matéria – prima e só termina nas mãos do cliente final.
Distribuição é toda a rota que o produto faz até chegar às mãos de seu consumidor. E para que este produto chegue com eficiência e eficaz nas mãos de seu cliente é preciso analisar e aprender sobre os modais. Porém antes de tudo é preciso identificar cada estágio  da movimentação do produto, desde a aquisição de matéria – prima até a entrega ao consumidor final.
Somente depois dessa análise é que começará a ser feito um estudo aprofundado de qual tipo de modal deverá ser utilizado, e quem fará a movimentação da carga. Com posse desses dados é que se pode ter uma noção de qual será a influência da escolha do modal no custo do meu produto final.
Sabemos que a distribuição física representa um custo significativo para a maioria dos negócios, impactando diretamente na competitividade da empresa, já que hoje em dia, as produções são bem parecidas e o que pode encarecer ou baratear o produto seja o fator logística de distribuição. Essa influencia na velocidade e na confiabilidade que o cliente deposita na empresa.
Por isso, qual o melhor modal? Transporte rodoviário, aéreo, marítimos, dutoviário ou ferroviário? Para cada rota há uma possibilidade de escolha, que deve ser feita mediante uma analise profunda de custos, que deve ir bem além de uma simples análise do custo baseado em peso por quilometragem. Para cada ligação no canal logístico existe uma característica particular de um modal, que apresenta uma vantagem ou desvantagem sobre os demais.
2.      Administração de transporte.
Administrar o transporte significa tomar decisões sobre um amplo conjunto de aspectos e essas decisões podem ser classificadas em dois grandes grupos: decisão estratégica e decisão operacional.
As decisões estratégicas se caracterizam pelo impacto em longo prazo e refere-se basicamente a aspectos estruturais. Existindo quatro tipos principais de decisões estratégicas no transporte, que são: a escolha do modal; decisão sobre as propriedades da frota; a seleção e a negociação com a transportadora e as políticas de consolidação de carga.
 Já as decisões operacionais são geralmente de curto prazo e refere-se às tarefas do dia a dia da empresas. As principais decisões operacionais de curto prazo são referentes ao planejamento de embarque da carga; a programação dos horários dos veículos juntamente com a roteirização; fazer auditorias de fretes e gerenciamento de avarias.

Trabalho de logística sobre modais - seleção do transporte de modal

  Seleção do transporte de modal.
A seleção da modalidade de transporte depende de dois fatores primordiais: a diferença entre o preço de venda do produto na origem e no local de consumo, fator este conhecido pela empresa; e o custo de transporte entre o centro de produção dos produtos até o local de consumo, fator este que muitas vezes é calculado pela empresa durante a escolha do modal.
Para calcular o custo de transporte devem-se levar em conta as características da carga a ser transportada. Isso envolve o seu tamanho, peso, valor unitário, tipo de manuseio, condições de segurança, tipo de embalagem, distancia a ser transportado, prazo de entrega e outros.
Depois de feita essa análise das características da carga é preciso fazer uma análise das características do modal de transporte. Nessa análise deve ser verificada se esse tipo de modal tem condições de infra – estrutura de malha de transporte; se existe condições de operação; qual o tempo de viagem; quanto custa o frete e as tarifas; se existe mão – de – obra envolvida e, outras características que variam de acordo com o tipo de carga.
Também influência na seleção da modalidade de transporte o fator tempo, já que cada modal apresenta um tempo diferente em função de suas próprias características; o fator custo, onde cada modalidade terá seu componente de custo, que determinará o valor de seu frete e de suas tarifas; o fator manuseio, onde cada modal estará sujeito a determinadas operações de carga e descarga, nas quais a embalagem permite facilitar o manuseio e pode reduzir perdas e até racionalizar custos.
Outro fator influenciador é a rota de viagem, pois cada modal envolve maior ou menor número de viagens, podendo a empresa adotar o transporte intermodal sempre que o custo do transporte possam ser racionalizados.
O Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior classifica o Sistema de Transporte quanto à forma de modalidade. Aquele que envolve apenas uma modalidade se chama modal, que é o caso do rodoviário. Já os que envolvem mais de uma modalidade, são chamados de intermodais, que é o caso do transporte ferroviário, que necessita da ajuda do rodoviário para fazer o transporte até o consumidor final.
 Existem ainda os transportes que envolvem mais de uma modalidade, porém, regidos por um único contrato, são nomeados de multimodais. Os segmentados são aqueles que envolvem diversos contratos para diversos tipos de modais. E os sucessivos são aqueles que quando a mercadoria alcança o destino final, necessita ser transbordada para prosseguimento em veiculo da mesma modalidade de transporte, mesmo regido por um único contrato.

Trabalho de logística sobre modais - rodoviário

1.      Tipos de modais.

  Modal Rodoviário.
Um dos principais modais utilizados pela logística é o rodoviário. Este tipo de transporte tem como principal característica a utilização das rodovias federais ou estaduais para tráfego de veículos motorizados tanto de pequeno, médio ou grande porte, com uma velocidade relativamente alta e acessibilidade aos lugares mais remotos por meio de estradas.
O transporte rodoviário na América do Sul é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional Terrestre que engloba o Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru. Esse convênio foi firmado em Santiago do Chile em 1989 (Decreto nº 92792 de 17 de Junho de 1986) que regulamentar os direitos e obrigações no tráfego regular de caminhões em viagens entre os países consignatários. Já o decreto firmado entre os países por meio do então Presidente Fernando Collor no dia 20 de novembro de 1990 (Decreto nº 99794/90), descreve que o transporte tanto de carga como de pessoas devem ser feitos por empresas autorizadas mediantes ao pagamento de taxas e impostos estabelecido por cada país.
No Brasil, rodovias são vias rurais de rodagem pavimentadas, ou ainda via de transporte interurbano de alta velocidade, que podem ou não proibir o seu uso por parte de pedestres e ciclistas. Dividem-se em rodovias estaduais e/ou federais, onde as primeiras são chamadas pelo código do Estado brasileiro seguidas por três números que representam o código da estrada (exemplo – CE 040). Já as federais são representadas pelas iniciais BR, que se refere ao Brasil, e por três números que são os códigos de cada rodovia (exemplo – BR 116).
Existe ainda a divisão entre as rodovias federais, ou seja, pelas BR, que podem ser em: rodovias radiais, longitudinais, transversais, diagonais e de ligação.
Nas rodovias radiais, a quilometragem é iniciada a partir de Brasília em direção aos extremos do país, com sentido de quilometragem saindo do Anel Rodoviário de Brasília. Tem como código de rodovia o número inicial zero (BR 0xx). Já as longitudinais que são as que cortam o Brasil de Norte a Sul, começando a partir do litoral. Estas possuem código inicial com o número um (BR 1xx). 
No caso das rodovias transversais que são rodovias que cortam o país na direção Leste-Oeste, tendo sentido de quilometragem leste para oeste, possuem código iniciado com o número dois (BR 2xx). 
As rodovias diagonais podem apresentar dois modos de orientação, um em direção noroeste-sudoeste e outro na direção nordeste – sudoeste. Ambas as direções com código iniciado com o número três (BR 3xx), tendo a diferença estabelecida pelos dois números finais de cada rodovia, pois as que têm terminação com números pares são diagonais orientadas na direção noroeste – sudoeste (BR – 304) e as de orientação de direção nordeste – sudoeste terão os números finais impares (BR – 319).
Já as rodovias de ligação que são rodovias que se apresentam em qualquer direção, geralmente ligado a rodovias federais, ou pelo menos a uma rodovia federal a cidades, ou pontos importantes, ou ainda nossas fronteiras internacionais possuem como código os que se  inicia com o número quatro (BR 4xx). Como exemplo deste tipo de rodovia, mostro a BR – 407 que liga a cidade de Piripiri no Piauí com a BR 116 e Anagé também no Piauí.
Por esse motivo os modais rodoviários conseguem alcançar lugares tão remotos e distantes, graças às rodovias estaduais e federais que ligam nosso país como um todo. E isso faz como que esse tipo de sistema de transporte se torne o mais utilizado no país, mesmo quando registra um elevado custo operacional, um excessivo consumo de combustível e um alto índice de acidentes no percurso.
Porém sua aceitação na logística de transportes deve-se ao fato de que possui maior flexibilidade operacional, o que permiti acessar os pontos isolados em todo país e inclusive fazer distribuição em países de fronteiras ao nosso. Além do mais baixo custo inicial de implantação, pois as rodovias são construídas pelos governos estaduais e federais, e os veículos que efetuam esse transporte são, em geral, de terceiros.
Esse tipo de modal apresenta grande competitividade, pois consegue distribuir mercadorias do ponto de origem ao destino com um único manuseio, dispensando assim, maiores gastos com embalagens e podendo entregar o produto diretamente na porta dos seus consumidores.
É muito utilizado em viagens de curta distância, onde seu maior custo operacional é compensado pela eliminação de transbordo. Servindo com destreza para cargas de peso médio, já que em determinadas regiões o tamanho, ou melhor, a dimensão da carga e seu peso são estipulados com tamanhos e peso máximos permitidas para tráfegos em determinados horários.
Aqui no Brasil algumas rodovias ainda apresentam um estado de conservação ruim, o que faz com que aumente os custos com a manutenção dos veículos, o que se agrava ainda mais com a frota que já são antigas e que estão sempre sujeitas a roubo de carga e violência sofridas no percurso.
Por via de regra, apresenta preço de frente mais elevado do que os modais ferroviários e hidroviários, portanto sendo recomendado para mercadoria de alto valor ou perecíveis, não sendo recomendados para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para esse tipo de modal.
Em relação ao serviço, podem-se encontrar transportadoras regulamentadas, frotas privadas, transportadores contratadas e isentos. O contratante de uma transportadora fica isento das despesas de capital e dos problemas administrativos associados a frotas próprias. Geralmente as transportadoras contratadas exigiram de seu usuário um contrato de longa duração. Já no caso dos isentos são aqueles livres de regulamentação econômica, como por exemplo, veículos operados e contratados por fazendeiros ou cooperativas agrícolas.
Nos últimos anos com a privatização de algumas vias e com o uso da tecnologia a favor do transporte rodoviário, foi possível diminuir quase pela metade o número de acidentes ou de quebras por condições ruins de asfalto, pois com vias mais iluminadas, bem asfaltas, com boa sinalização, fica mais fácil efetuar viagens mais seguras. Sem contar que o uso da tecnologia de GPS e de radar, facilitando o encontro dos caminhões em caso de roubo.
a)     Vantagens ou pontos fortes do transporte rodoviário.
O transporte rodoviário é adequado para curtas e médias distâncias para produtos acabados ou semi – acabados, ou ainda de maior valor. Possui uma simplicidade para atender a demanda do mercado, pois busca a mercadoria no local de embargue e a entrega diretamente no destino final dela, sem haver a necessidade de ficar manuseando-a inúmeras vezes como em alguns modais.
Possui também agilidade no acesso as cargas, essa agilidade dependendo da distância pode ser de entrega direta, ou melhor, de pronta-entrega ou ainda entrega de porta a porta. Haverá dois únicos manuseios, que são ao embarcar e ao desembarca a carga, por isso há a menor exigência de embalagem.
Existindo ainda o elevado nível de adaptação por porte do veículo, já que há no mercado vários tipos de veículos de carga que vão desde caminhonetes, passando por caminhões de pequeno porte, indo em direção aos grandes caminhões.
Com relação a tarifas alfandegárias, a própria empresa transportadora poderá efetuar o desembaraço sem a necessidade de um intermediário.
Já em relação ao pagamento de pedágios em determinadas rodovias brasileiras, pode ser tanto uma vantagem como uma desvantagem. Se tornar vantagem por ser garantia de uma estrada bem asfaltada, bem sinalizadas e iluminada. Mas ao mesmo tempo em que agiliza a viagem, a encarece por constante pagamento de pedágio, o que reflete no custo operacional.
Além dessas vantagens técnica, existe a vantagem de disponibilidade dos serviços, pois existe um grande número de empresas habilitadas para fazer transporte de mercadoria por vias rodoviárias. Essa grande quantidade de concorrentes faz com que o nível do serviço e seu preço seja ou tabelado ou próximo um do outro. 
Segundo o Detran de Fortaleza, o sistema de transporte rodoviário possui um baixo investimento para o operador, sendo necessária apenas a carteira de motorista que o habilite a trafegar com veículos de carga com peso bruto total superior a 3,5 mil quilograma, utilizando a Carteira de Motorista de categoria C, e o conhecimento do percurso que será feito, já que haverá no serviço uma grande cobertura geográfica.
O transporte rodoviário é relativamente rápido e eficaz, talvez não seja ousadia dizer que dentre os outros modais, este seja o segundo em termo de velocidade de entrega, perdendo apenas para o aeroviário.
b)     Desvantagens ou pontos fracos do transporte rodoviário.
A frota brasileira é antiga e, aliado a isso ainda tem a questão das péssimas condições de conservação das estradas brasileiras, o que faz com que os veículos quebrem com mais freqüência e isso influência nos custos operacionais do transporte.
Existe ainda o pagamento de pedágios em determinadas vias. Foi privatizado no Governo Lula cerca de 2,6 mil quilômetros de rodovias federais e nessa vias é exigido um pedágio.
 As rodovias mais comuns de pagamento de pedágio são: BR – 381 que liga Belo Horizonte (MG) a São Paulo (SP); BR – 393 que é a Divisa Minas Gerais - Rio de Janeiro até a Via Dutra no Rio de Janeiro; BR – 101 que é a Ponte Rio – Niterói (RJ) – (ES); a BR – 116 no trecho São Paulo a Curitiba e de Curitiba a divisa de Santa Catarina ao Rio Grande do Sul; e BR – 116, BR – 376 com PR – 101 Santa Catarina, Curitiba a Florianópolis.
No nordeste existem algumas vias de pedágio, como por exemplo, a Ponte do Rio Ceará que tem uma média de preço variável R$: 3,00 ou mais, dependendo do tipo de transporte que por lá for passar.
Na Bahia existe o pedágio na rodovia que liga Salvador a Estância em Sergipe, que é chamada de Linha Verde na rodovia estadual BA 099 e SE 318. Esse percurso é de 14 km e tem uma média de preço entre R$: 4,00, sendo cobrada nos dois sentidos da via.
No Mato Grosso, o preço do pedágio é por eixo, num preço que pode variar de R$ 5,10 a R$ 5,50, dependendo do trecho privatizado. Já no Rio Grande do Sul, no trecho Tanquara a Gramados pela rodovia RS 115, paga-se nos dois sentidos R$ 6,70 para qualquer tipo de veiculo, e oferece 23 km de via limpa e em perfeitas condições de uso.
  Desse modo o frete pode se tornar elevado em alguns casos e para determinadas regiões onde as rotas precisam passar por mais de um pedágio.
Além do que existe a menor capacidade de carga entre todos os outros modais, havendo um limite máximo permitido em alguns trechos e horários, ou seja, o espaço é limitado e está sujeito as condições atmosféricas, de trânsito e de regulamentação como as de circulação e de horário.
O transporte rodoviário se torna também menos competitivo quando o assunto se refere a longas distâncias e com cargas perecíveis ou de curta duração de vida. O aumento do preço pago pelo serviço varia de acordo com a distância.
Esse tipo de modal apresenta custo fixo baixos, já que as vias são construídas com fundos públicos, porém seu custo variável é médio a alto preço, pois paga-se combustível e manutenção da frota.
c)      Oportunidades do transporte rodoviário.
Uma das oportunidades para o transporte rodoviário que permanecer sendo um dos modais mais utilizados no país, sem duvida é a privatização das rodovias que traz para quem trafega nela uma segurança maior.
Outra boa oportunidade seria o fato do governo estadual e federal investirem na construção, na manutenção e na reconstrução das vias que ainda não foram privatizada. Com um bom asfalto, uma boa iluminação, sinalização e policiamento, os índices de assalto e acidentes seriam reduzidos.
Existe ainda a oportunidade crescente da Tecnologia de monitoramento de cargas e de rastreamento de veículos por satélite. Hoje em dia, existe o bloqueio remoto de combustível e outras tecnologias que as empresas do setor estão a utilizar, visando reduzir o risco de transportes.
Porém os investimentos em tecnologia pelas empresas elevam o custo de aquisição do serviço, de maneira que a grande parte da frota rodoviária de carga encontra-se a margem dessas inovações. Sendo interessante a implantação de sistemas de localização por coordenadas geográfica, ou com uso mais freqüente de sistemas de rádio para a comunicação, uma solução não tão dispendiosa quanto a implantação de radares via satélite.
Torna-se uma oportunidade o investimento na utilização de multimodais, ou no sistema semi – automático de carga e descarga dos veículos, alem do aumento no uso de contentores (pallets standard).
d)     Ameaça ao transporte rodoviário.
Ameaça ao transporte rodoviário é a questão do estado de conservação das rodovias, da segurança que essas vias oferecem, já que há um aumento da violência e dos roubos nesse setor. Havendo ainda o impedimento por conta de situações atmosféricas e de calamidades públicas como: fortes chuvas, deslizamento de terra e outras mais.
Também se torna uma ameaça o prazo de entrega, já que o transporte rodoviário dependerá principalmente do trânsito e das leis regulamentadoras de cada Estado, que podem variar o horário e a circulação de trafego de caminhões.
Outra ameaça é o aumento do combustível e dos pedágios.
e)     Frete rodoviário.
As tarifas de frete rodoviário são organizadas individualmente por cada empresa de transporte e o frete por ser calculado por peso, volume ou por lotação do veículo.
Sua composição é feita da seguinte forma:
·         Frete básico – calculado em cima do peso da mercadoria.
Tarifa x Peso da mercadoria
·        Frete de carga volumosa
Tarifa x Volume
Existe ainda a cobrança de algumas taxas, como é o caso da Taxa ad – valorem, que é um percentual cobrado sobre o valor da mercadoria; o seguro rodoviário obrigatório, que são percentuais aplicados sobre o preço do FOB da mercadoria.
O FOB (Free On Board) é o fornecedor quem se responsabiliza contratualmente pela mercadoria até a hora em que ela é entregue, na data e na hora escolhida pelo comprador. Este preço, em geral não faz parte do orçamento do fornecedor, devendo ser calculada pelo comprador de acordo com o serviço de frete que escolheu.

Trabalho de logística sobre modais - ferroviário

Ferroviário.
O modal de transporte ferroviário é aquele realizado através de ferrovias, por trens, compostos por vagões, que por sua vez são puxados por locomotivas. Para este tipo de transporte são utilizados os trilhos. Podendo transportar tanto pessoas como produtos e materiais. Seus vagões podem ser fechados ou estilo plataformas. Em geral, os trens são compostos por aproximadamente 100 vagões, cada vagão com capacidade em torno de 72 toneladas.
O precursor da ferrovia no Brasil foi Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá), que lançou os primeiros trilhos ligando o Rio de Janeiro a Serra de Petrópolis. Tempos depois vieram às obras em que ligava Recife a São Francisco, Bahia a São Francisco, Santos a Jundiaí e a Estrada de Ferro Central do Brasil.
A primeira ferrovia brasileira surgiu em 1854, com a construção da primeira linha com uma extensão de 15 km, que ligava a Praia da Estrela à Petrópolis. Após esse marco, inicia-se a construção de outras ferrovias em diversos estados do Brasil. Na época as estradas férreas  eram particulares, independentes e se destinavam exclusivamente ao escoamento de produtos agrícolas – café e o açúcar – que eram transportados das fazendas diretamente para os portos, onde era feita a comercialização e exportação desses produtos.
Na década de 50, a ferrovia foi aos poucos sendo substituída pelo sistema rodoviário, pois representava um custo menor em relação à ferrovia e significava, naquele período, um salto para a modernidade, com o advento de novas tecnologias, possibilitando um investimento maior em infra – estrutura, tais como construção de novas estradas e uma maior produção da indústria automobilística.
Devido a essa tendência, as linhas férreas se tornavam em seus trechos de menor expressão, obsoletas e eram transformadas em extensão das rodovias, e os outros trechos viraram concorrentes do sistema rodoviário.
A falta de investimento no setor pelo governo federal tornou a ferrovia um sistema arcaico, sem investimento em tecnologia para competir com os outros modais, sendo operacionada de maneira ineficiente e causando grandes prejuízos a economia do país.
Com o inicio da privatização das ferrovias em 1996, fez com que esse panorama fosse mudando aos poucos, devido ao investimento de capital privado, no tocante a recuperação da malha ferroviária e nas novas tecnologias no sistema de transporte. As empresas que hoje operam a malha ferroviária brasileira são: ALL (América Latina Logística); CFN (Companhia Ferroviária do Nordeste); CVRD/EFC (Companhia do Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Carajás); CVRD/EFVM (Companhia Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Vitória Minas); FCA (Ferrovia Centro Atlântica); Ferroban (Ferrovia Bandeirantes); Ferronorte (Ferrovias Norte Brasil); Ferropar (Ferrovias do Paraná); FTC (Ferrovia Tereza Cristina); MRS Logística, Ferrovia Novoeste; Ferrovia Norte – Sul que é administrada pelo governo federal e a PortoFer que administra a malha ferroviária do Porto de Santos.
Um dos maiores obstáculos para a expansão deste modal deve-se aos altos investimentos na construção da malha férrea, pois muitas vezes o local escolhido é de difícil acesso, compreende numa região desabitada e sem uma perspectiva de mercado consumidor onde dificultava as opções de financiamento.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o sistema de transporte ferroviário brasileiro tem aproximadamente 29. 706 mil quilômetros de malha férrea. Com concentração maior nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, atendendo parte do Centro – Oeste e do Norte do país. Sendo 28.840 quilômetros destinados a empresas concessionárias, tendo como principal objetivo a recuperação da malha e o desenvolvimento do transporte ferroviário.
Esse tipo de modal é responsável pelo transporte de 24% da carga nacional, e mesmo tendo um custo elevado de manutenção e implementação, o mesmo apresenta grande eficiência energética.
Como dito antes, possui um custo de implantação elevado, pois exige leitos mais elaborados, aquisição simultânea do material rodante, constituído de locomotivas e vagões. Porém possui um baixo custo operacional e pequeno consumo de combustível em relação ao transporte rodoviário.
Não apresenta grande flexibilidade, pois opera através de pontos fixos e de longa distância onde há transbordos realizados na origem e no destino são compensados pelo menor custo do transporte. Possui uma enorme capacidade para transportar grandes lotes de mercadorias, com fretes mais baixos que varia de acordo com o volume transportado e o tipo de material.
a)     Vantagens ou pontos fortes do transporte ferroviário.
É um transporte de baixo custo operacional e que se adapta perfeitamente bem para transportar matérias – primas e manufaturados de baixo valor. É ideal para as grandes quantidades de cargas, agüentando tranquilamente toneladas de materiais. Consegui alcançar longas distâncias em um custo reduzido e com baixo consumo energético por unidade transportada.
É adequado para o transporte de mercadorias agrícolas, grãos, derivados de petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos, fertilizantes, materiais de construção e outros materiais pesados como madeiras, ferro, rochas e outros.
Não existe estoque em trânsito, onde o tempo de viagem é considerado período de estoque. Também não sofre nenhuma influência atmosférica, sendo considerado amigo do ambiente por poluir mesmo que os outros modais. Tem o menor índice de roubo, furto e acidentes em relação aos transportes rodoviários.
b)      Desvantagens ou pontos fracos do transporte ferroviário.
O transporte ferroviário é muito lento e ideal para transportar matérias – primas e manufaturados de baixo valor para longas distâncias. Tem desempenho inferior ao frete rodoviário.
 Uma das grandes desvantagens é a questão de serviços, horários e rotas pouco flexíveis. O que o fazer ser pouco competitivo para distâncias curtas e cargas pequenas. Possui grande dependência de outros tipos de transportes, já que só trafega de terminal para terminal.
Tem grande dificuldade em percorrer áreas de aclive e declive acentuado, ocasionando o reembarque, ou transbordo de mercadorias para que as mesmas possam chegar ao seu destino. Além de um elevado custo de investimento na manutenção e no funcionamento de todo sistema férreo.
Outro ponto critico do meio ferroviário brasileiro é a diferença no tamanho das bitolas, que são as distâncias internas da face interior dos trilhos por onde deslizam as rodas de ferro. Isso ocorrer porque a malha ferroviária brasileira é comum encontrar a bitola métrica, com medida de 1,00 metros ou de 1,60 m (bitola larga). Muitas vezes esse fator dificulta que o trem possa ir até o seu ponto final sem problemas.
c)      Oportunidades do transporte ferroviário.
Uma das grandes oportunidades do transporte ferroviário é com relação ao aumento da velocidade de trajeto e da carga e descarga de seus produtos, melhorando os equipamentos dos terminais e a malha férrea também.
Pode ser utilizado com mais freqüência os comboios e o uso de sistemas de informação que permita melhor o controle das frotas ferroviárias e a programação de rotas.
d)     Ameaças do transporte ferroviário.
Para o transporte ferroviário a maior ameaça é o não investimento na construção de uma nova malha férrea, na manutenção das já existentes e esquecimento por meio do governo nesse tipo de modal.
Esse tipo de modal perde espaço para o modal rodoviário e está cada vez mais perdendo espaço para o modal marítimo e dutoviário.
e)     Fretes do transporte ferroviário.
O frete ferroviário é mais barato do que o rodoviário e além disso consegue transportar maiores quantidades em risco de congestionamento. Esse tipo de frete é baseado em dois fatores:
Quilometragem percorrida – distância entre as estações de embarque e desembarque.
Peso da mercadoria.
O frete é calculado por meio da multiplicação da tarifa ferroviário pelo peso ou volume, utilizando-se aquele que proporcionar maior valor. Também pode ser calculado pela unidade de contêiner, independente do tipo de carga, peso ou valor da mercadoria.
Não incidem taxas de armazenagem, manuseio ou qualquer outra. Podem ser cobradas taxas de estadia do vagão.

Trabalho de logística sobre modais - aquaviário ou hidroviário

Aquaviário ou hidroviário.
               Este modal pode ser chamado tanto de aquaviário como de hidroviário. Existem ainda outros nomes para denominar esse tipo de modal, que são: vias navegáveis, caminhos fluvial, caminho marítimo, aquavia, hidrovia, dentre outros.
Hidrovia são caminhos pré – determinados para o tráfego aquático e muito utilizados para realizar transporte em grande quantidade e em longas distâncias, principalmente pelo fato de que em países desenvolvidos esse tipo de modal é mais barato que a ferrovia.
O modal aquaviário é dividido entre transporte fluvial, ou seja, a navegação de rios e lagos; transporte marítimo ou o transporte de longo curso internacional; a cabotagem que é o termo empregado para a navegação ao longo da costa brasileira.
Dentre todos, o transporte fluvial é um dos mais baratos e pouco explorado pelo Brasil, mesmo sendo um dos mais eficientes em relação a quantidade de carga transportadas. Além de fazer a interiorização e posterior fixação da população nas regiões antes desabitadas aumentando assim a economia e o desenvolvimento nessas regiões.
O transporte hidroviário se divide ainda em marítimo,
No transporte marítimo, que é o mais utilizado no comércio internacional, ou de longo curso, inclui tanto os navios que realizam tráfego regular, pertencentes a Conferências de Frete, Acordos Bilaterais e, os outsiders, como aqueles de rotas irregular, os “tramps”.
Esse tipo de transporte marítimo, possui maior capacidade carga, carregando qualquer tipo de cargo e com menor custo de transporte, porém tem maior exigência de embalagens,  tem menor flexibilidade nos serviços aliados a freqüentes congestionamentos nos portos. Há ainda a necessidade de transbordo e são na maioria distantes dos centros de produção.
Aqui no Brasil, a hidrovia é pouco utilizada, mesmo havendo grandes bacias hidrográficas – aproximadamente 4.000 km de costa navegável e milhares de quilômetros de rios. Isso se dá pelo fato de que existem muitas rodovias construídas e elas barateiam o custo do transporte, inviabilizando o uso do modal fluvial.
Existem no Brasil algumas hidrovias utilizadas como é o caso da Hidrovia Taguari – Guaíba que é considerada a principal hidrovia com relação a carga transportada, possuindo inclusive terminais que ajudam no transbordo de carga. Outra hidrovia muito utilizada é a Hidrovia do Madeira, que se localiza no afluente do rio Amazonas, possui 1.056 km de extensão e é possível navegar por ele no período noturno.
A Hidrovia São Francisco é a opção mais econômica de ligar o centro – oeste e o nordeste. Possui cerca de 1.371 km navegáveis e é o destaque no transporte aquático nacional. Já a Hidrovia Tietê – Paraná, que se encontra extremamente poluído na região de São Paulo e limpo para a região do interior, ele é perfeitamente navegável. Possui 1.250 km de extensão, sendo 450 km do rio Tietê e 800 km do rio Paraná. Este ainda se tornar um grande gerador de energia elétrica, porém não tão navegável  quanto os demais.
Ainda existe a Hidrovia Araguaio – Tocantins que durante as cheias do rio Tocantins passa a ficar com 1.900 km e o rio Araguaia fica com 1.100 km, podendo ser navegado por classe diferentes de embarcações tanto de pequeno como de grande porte.
Existem ainda algumas empresas de navegações como o caso da Sartico (ADM), Diamante (Consan), Quintella (Coinbra), CNA (Trasrio) e EPN (Torque).  Além de alguns portos ou terminais, como: CNAGA em Conchas; Nova Meca, EPN em Anhembi; Cana Marambaia em Bariri; Gasa em Andradina. Sartico em Santa Maria da Serra; Usina Diamente em Jaú; Quintella em Pederneiras; Cargill em Três Lagoas; Terminais Intermodais em Panorama, Presidente Epitácio e Bataguassú.
Tendo como principal produto transportado: soja, óleo vegetal, trigo, milho, açúcar, cana de açúcar, sorgo, madeira e outros.
a)     Alguns tipos de navios.

·        Cargueiros ou navios convencionais.
São navios construídos para o transporte de carga geral, ou seja, cargas acondicionadas. Seus porões são divididos horizontalmente, formando o que poderia ser chamado de prateleiras (conveses), onde diversos tipos de cargas podem ser estivados ou acomodados para o transporte.
·        Porta – contêiner
São navios especializados e utilizados exclusivamente para transportar contêineres, dispondo de espaços celulares. Os contêineres são movimentados com equipamentos de bordo ou de terra. As unidades são transportadas tanto nas células como no convés.
·        Roll-on/ Roll-off (Ro-Ro)
São navios especiais para o transporte de veículos, carretas ou trailers. Dispõem de rampas de proa, popa e/ou na lateral, por onde a carga sobre rodas se desloca para entrar e sair da embarcação. Internamente possui rampas e elevadores que interligam os diversos conveses.
·        Multipurpose
São navios projetados para linhas regulares para transportarem cargas diversas como: neo – granéis  (aço, tubos e etc.) e contêineres, embora também possam ser projetados para o transporte de granéis líquidos em adição a outras formas de acondicionamento como granéis sólidos e contêineres.
·        Graneleiros.
São navios destinados apenas ao transporte de granéis sólidos. Seus porões não possuem divisões, tem cantos arredondados, o que facilita a estiva da carga. A maioria desses navios opera como “tramp”, isto é, sem linhas regulares, transportam mercadoria de baixo valor, tendo um baixo custo operacional e com velocidade inferior aos cargueiros.
·        Cabotagem.
Inclui todo o transporte marítimo realizados ao longo da costa brasileira. As grandes cabotagens são transportes marítimos que realizados ao longo da costa até os países vizinhos mas, em termos oficiais, sempre quando se fala de cabotagem, refere=se ao transporte realizado ao longo da costa brasileira, ou seja, do Rio Grande do Sul até Manaus.
O maior problema da cabotagem está na regulamentação, nos impostos e na infra-estrutura portuária.
b)     Vantagens e Pontos fortes do transporte hidroviário.
Segundo informações dadas pela empresa DHL Transporte as vantagens de usar a hidrovia como meio de transporte é bem visível, pois para cada tonelada de soja transportada, se gasta aproximadamente US$ 8,00 nas hidrovias, quando nas ferrovias se gasta o dobro e na rodovia cerca de US$ 30,00. Essa medida vale para todos os produtos.
Além disso, as embarcações não têm a mesma freqüência de desgaste e acidente como nas rodovias, o que o torna mais seguro do que os outros modais. Em raras exceções ocorrem acidentes com esse tipo de transporte e quando ocorrer se torna uma ameaça ao meio ambiente.
Serve para transportar produtos a granel, com baixo valor agregado e não perecível, possuindo um baixo custo de transporte para uma grande quantidade de produto. São de excelente eficiência na carga e descarga de produtos. Sua capacidade de carga atinge centenas de milhares de toneladas.
Apresenta baixo custo de implantação e de operação, existindo ainda a possibilidade de utilização de embarcações de terceiros, sem a necessidade de criar sua própria frota. Porém quando não ocorre por meio de vias naturais, o custo de implantação aumenta bastante, pois surgi a necessidade de construção de canais, barragens e eclusas.
Já referente ao custo operacional é pequeno em vias perenes (duradouras) de grandes caladas. Porém em vias de baixo calado (profundidade) e de utilização sazonal, esse custo aumenta de maneira sensível, pois não é possível operar nessas vias em período de seca.
Também registra grande competitividade para longas distâncias, mesmo limitando-se as zonas costeiras. Muito utilizado no comércio internacional com a utilização de navios cargueiros com capacidade média de carga em torno de 21.000 toneladas, operando em calados de 10,75 metros. Podem inclusive ser utilizados para transporte de veículos, materiais de construção vindos de outros lugares, contêiner e outros tipos de produtos.
c)      Desvantagens e Pontos fracos do transporte hidroviário.
A frota brasileira do transporte hidroviário é muito antiga, aliado a isso existe ainda a falta de oferta e de regularidade desse tipo de modal. Também sofre-se muito com a falta de espaço nos estaleiros nacionais para armazenar as cargas e as embarcações.
As leis desse tipo de transporte são bem incompletas o que torna o processo mais burocrático do que devia, causando um descrédito sobre a capacidade e eficiência das hidrovias.
Apresenta baixa velocidade operacional e alcance limitado ao curso natural da via utilizada, porém atinge excelente competitividade quando satisfeita as condições de via natural, perene e de grande calado.
Outro ponto fraco desse modal é exigência de um transporte complementar para a chegada do produto até o porto, em geral os portos ficam muito distantes dos centros de produção, o que acaba dificultando a rapidez de entrega. Há a exigência de embalagens apropriadas, pois poderá ser manuseado mais que duas vezes, dependendo da rota que for fazer.
Sem falar dos riscos com acidentes das embarcações, que são raros, mas quando ocorrem podem se transformar em um desastre ambiental. Lembrando que esse tipo de modal também polui e modifica o meio ambiente, já que é muitas vezes necessário a construção de canais, eclusas, desmembramentos, gabaritos e portos para facilitar a navegação.
Como os caminhos das hidrovias já foram desenhados pela natureza  pode haver modificações no tamanho do percurso, principalmente nos rios, onde é possível tanto aumentar a profundidade dos rios como a diminuição delas. Por isso, o tamanho do comboio deve ser analisado.
Há ainda a questão de sinalização inexistente e a mercê do conhecimento das cartas náuticas e de informações via rádio ou satélite e o percurso durante a noite. Mas talvez, o maior de todos os pontos fracos desse tipo de modal seja justamente o fato de não abranger o país inteiro e o congestionamento nos portos existentes.
d)     Oportunidade do transporte hidroviário
Um das oportunidades ao transporte hidroviário é a tecnologia, que poderá ajudar na navegação por águas desconhecidas, mostrando onde a profundidade permite a passagem e onde existem corais que não permite a passagem. Existe ainda a possibilidade de aumentar a segurança das navegações em caso de tempestades, avisando rapidamente a guarda costeira a sua localização.
Novas tecnologias para facilitar o transbordo e para agilizar o abastecimento de combustível da própria embarcação. Criação de novas eclusas que facilite que as embarcações subam ou desçam os rios ou mares em locais onde há desníveis como corredeiras ou quedas d´agua.
Outra oportunidade é o investimento em novas embarcações e no tratamento das águas dos rios, lagos e oceanos contra a poluição. Criando novos portos, canais de navegação, estaleiros e armazéns que possam auxiliar no melhor desenvolvimento desse modal.
e)     Ameaças do transporte hidroviário.
Uma das principais ameaças ao transporte hidroviário é a poluição das águas, que dificulta a navegação e também o período da seca dos rios. Existe nesse tipo de modal o risco da confiabilidade e da disponibilidade que são fortemente influenciadas pelas condições meteorológicas, já que se torna impossível trafegar durante o período de seca e no período de tempestades onde o risco de acidentes se torna maior.
Outra ameaça ao transporte hidroviário são os acidentes marítimos, desde batidas em locais rochosos ou com corais, até mesmo vazamento de óleo e naufrágio, onde a perda total da carga que o mesmo levava.
f)      Frente do transporte hidroviário
É calculado individualmente por cada empresa, o mesmo pode ser cobrado por volume, peso ou ocupação na embarcação. É composto basicamente por:
·        Frete básico:
Que é o valor cobrado segundo o peso ou o volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre o que proporcionar maior receita ao armador.
·        Ad – valorem:
É o percentual que incide sobre o valor do FOB da mercadoria. Este é aplicado normalmente quando esse valor corresponde a mais de US$ 1000 por tonelada. Podendo substituir o frete básico ou simplesmente completar o seu valor.
·        Sobretaxas de combustível (bunker surchage)
É um percentual aplicado sobre o frete básico, destinado a cobrir custos com combustíveis.
·        Taxa para volumes pesados (heavy lift charge)
É o valor de moedas atribuído as cargas cujos volumes individuais, excessivamente pesados (normalmente acima de 1500 kg), exijam condições especiais para embarque e desembarque ou acomodação no navio.
·        Taxa para volumes com grande dimensões (extra length charge)
É aplicada geralmente nas mercadorias com comprimento superior a 12 metros.
·        Sobretaxas de congestionamento (port congestion surchage)
Incide sobre o frete básico, para portos onde existe demora para atracação dos navios.
·        Fator de ajuste cambial – CAF (currency adjustment factor)
É utilizado para moedas que se desvalorizam sistematicamente em relação ao dólar norte – americano.
·        Adicional de porto:
É a taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem ou destino algum porto secundário ou fora da rota.

Trabalho de logistica sobre modais - modal dutoviário

Dutoviário.
O transporte dutoviário é feito através de tubos (dutos), baseando-se na diferença de pressão. Sua utilização privilegia materiais fluidos, tal como gases, líquido e sólidos granulares. Apresenta elevado custo de implantação e baixo custo operacional, porém possui pequena flexibilidade, pois opera apenas entre pontos fixos, que são as estações de bombeamento e recalque.
Esse tipo de transporte registra muita competitividade para o transporte em alta velocidade e de grande quantidade de fluido, porém necessita de outro tipo de modal para executar a primeira parte do transporte, sendo os mais utilizados o transporte aquaviário e o ferroviário, que leva o produto direto da embarcação ou do trem para a empresa que beneficiar o produto pelo duto.
No Brasil são apenas 16 mil km de extensão de dutoviários e em geral, para a distribuição de petróleo e de gás para empresas especializadas no beneficiamento e na distribuição desses produtos.
Para esse modal é necessário que as dutovias tenham três elementos: os terminais, que fazem a propulsão do produto; os tubos e as juntas que unem esta tubulação aos terminais. Existem vários tipos de dutoviários, cada qual com um nome especifico que depende do produto transportado. No caso do produto derivado de petróleo, o duto se chama oleoduto. Para os derivados de minérios existem os minerodutos e para os gases são os gaseodutos.
a)     Vantagens e pontos fortes do transporte dutoviário.
Como principal vantagem o transporte dutoviário apresenta a alta confiabilidade em transportar o produto, já que possui poucas ou nenhumas interrupções no trajeto. Além de ser pouco influenciado por fatores meteorológicos. Oferece ainda um custo baixo de movimentação e uma duração de 24 horas por dia em sete dias na semana direto, sem interrupções.
Possui uma longa vida útil, precisando de pouca manutenção e sendo muito rápido na distribuição do produto. Tem o funcionamento de pronto à pronto para líquido e gases – gás natural – pedindo um baixo número de mão – de – obra.
Muitas das dutovias são subterrâneas e/ou submarinas, considerando uma vantagem, pois minimizam os riscos de causar acidentes. Os riscos desse acidentes são muito pequenas, considerados com os causados por outros veículos de transportes.
Outra grande vantagem é que os dutos podem transportar de forma segura para longas distâncias, dispensando assim o armazenamento do produto. A carga e a descarga são feitas de maneira simplificada, reduzindo assim o custo de transporte – custo variável – e proporcionando um menor índice de roubos.
b)     Desvantagem e pontos fracos do transporte dutoviário.
Esse tipo de modal apresenta como principal desvantagem o número limitado de serviço e de capacidade, já que um único duto só poderá transportar um único tipo de material, ou seja, oferece uma linha de produto limitada e o custo inicial é elevado, já que é preciso uma infra – estrutura muito grande para ligar os portos ou estações ferroviárias ao ponto de entrega final do produto.
Os direitos de acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de bombeamento fazem com que o transporte dutoviário apresente o custo fixo mais elevado. Em contra partida se paga muito pouco por mão de obra e manutenção das vias.
Ele também não se adapta a muitos tipos de produto, tendo preferência por materiais líquidos e gases. Sem falar que esse tipo de modal para ser implementado pode ocasionar um grande acidente ambiental, tanto por modificar a área que será implantado os dutos, como também em caso de ruptura acidental da tubulação.
c)      Oportunidades do transporte dutoviário.
As principais oportunidades que o setor de transporte dutoviário pode ter é a melhoria no sistema de construção dos dutos por módulos e de forma mais rápida e sem causar tanto dano ao meio ambiente como causa; melhoria no sistema de controle e observação de avarias, para que possa encontrar e consertar os vazamentos antes mesmo que cause um desastre ambiental.
Novas tecnologias de desenvolvimento dos tubos cilíndricos de distribuição, que devem ser produzidos de acordo com as normas internacionais de segurança.
d)     Ameaça do transporte dutoviário.
Uma das maiores ameaças ao transporte dutoviário é sem dúvida a ação de ativistas e de entidades protetoras do meio ambiente, já que para implantar os dutos, é necessário interromper um ecossistema, que pode ser tanto terrestre, como marítimo, se não os dois.
Outra grande ameaça vem do terrorismo, principalmente nos duto de transporte de combustível e de gás, pois uma explosão nesses dutos poderá acabar com sistema inteiro de oleoduto e gasoduto.

Trabalho de logistica sobre modais - modal aeroviário

Modal Aeroviário.
O transporte aéreo é aquele que realiza o transporte através de aeronaves e que pode ser divido em vôos nacionais e internacionais. Todas as aeronaves possuem uma estrutura para transportar bagagens e/ou cargas em seus porões, esse compartimento pode ser misto (cargas e bagagens), ou individual (somente passageiro ou somente cargas).
O modal aeroviário é sem dúvida o modal mais moderno de todos os outros, além de conseguir alcançar um vasto território, sendo necessário apenas um aeroporto próximo a localidade em que deseja enviar a mercadoria. É ainda considerando um modal misto, visto que pode tanto transportar carga como pessoas.
Esse tipo de modal é ideal para o transporte de mercadorias de grande valor; ou de alto valor agregado; e para materiais perecíveis em situações excepcionais como catástrofes, guerras, epidemias, greves dos outros modais, ou simplesmente por urgência na entrega do material. Porém limita-se muito no tamanho do volume da mercadoria.
Esse tipo de modal visa atender empresa que necessitam de entregas rápidas para encomendas de pequenos portes, de alto valor, do mesmo modo de documentos com emergência de entrega, facilitando a entrega da carga com rapidez e segurança, já que são raras as situações em que o avião e a mercadoria não chegue ao seu destino final.
Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Brasil tem hoje 4.000 aeroportos e aeródromos (locais sem terminais de passageiros), sendo, que 2.498 são misto, ou seja, para transporte de cargas e pessoas, desses 739 públicos e 1.759 particulares. Comparando com os registros da Organização Internacional da Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), isso significa o segundo maior número de aeroportos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 16.507 locais para pouso e decolagem de aeronaves.
a)     Vantagens e pontos fortes do transporte aeroviário.
Apresenta um baixo custo de instalação e um elevado custo operacional, porém a grande flexibilidade desse tipo de modal compensa o custo elevado, já que permite o acesso a pontos isolados do país com alta velocidade operacional.
É um transporte rápido, o mais rápido de todos os modais. Não necessita de uma embalagem mais reforçada, pois o manuseio da carga é mais cuidadoso. E normalmente suas cargas são unitizadas em pallets ou até mesmo em contêineres, num procedimento que contribui para a redução dos custos e que facilitas o embarque e desembarque das cargas. Apresentando assim menor custo com estocagem.
Normalmente, os aeroportos estão localizados próximos dos centros de produção, o que facilita o transporte rodoviário do centro de produção até o aeroporto, reduzindo o custo com um segundo meio de transporte.
Em geral, possui uma boa confiabilidade, mesmo porque existem vôos freqüentes para determinadas regiões e em caso de não poder levar a carga em um primeiro vôo, é bem possível o embargue num segundo ou terceiro vôo, infelizmente depende muito da dimensão dos porões das aeronaves.
b)     Desvantagens e pontos fracos do transporte aeroviário.
Devido o seu elevado custo operacional esse tipo de modal não é apresentado como alternativa, limitando-se sua utilização a casos específicos. Possui a necessidade de auxilio de outro tipo de modal, de preferência o rodoviário, para levar a carga até o aeroporto e do aeroporto ao destino final. Por esse motivo, costuma-se dizer que o transporte aéreo possuir pouca flexibilidade, já que trabalha somente de terminal para terminal.
A capacidade desse modal é limitada e corre o risco de por não possuir espaço nas aeronaves ser deixado para o próximo vôo, ou até mesmo ser deixado para trás. Possui um valor de frete mais elevado em relação aos outros modais e depende das dimensões físicas dos porões de carga dos aviões, já que se não houver espaço para tais cargas, será impossibilitado de levar.
Se torna mais lento do que o rodoviário quando se trata de curtas distâncias, já que seria necessário fazer varias conexões para chegar ao destino final e dependendo da localidade, essas conexões podem demorar dias.
c)      Oportunidades do transporte aeroviário.
A oportunidade para o transporte aeroviário está na melhor adaptação aos multimodais, transportando partes em veículos rodoviários. A criação de novos aeroportos também se torna uma grande oportunidade, já que desse modo poderá ser feita novas rotas e agilizar a entrega das cargas para cidades que antes não possuir terminais aéreos.
Investimento em tecnologias de sistemas informatizadas para a gestão das capacidades de transporte, como também investimento nos novos modelos de aeronaves e nos novos profissionais de aviação, tanto os pilotos como os controladores de vôos.
Outra oportunidade seria o aprimoramento das técnicas de cargas e descargas nos terminais e a criação de novas maneiras para agilizar o processo burocrático das liberações das cargas nos terminais internacionais.
d)     Ameaças do transporte aeroviário.
Uma das principais ameaças ao transporte aeroviário é o fator clima, mais especificamente durante chuva (tempestades) e nevascas. Existindo ainda as ameaças terroristas, as greves dos controladores de vôos, os acidentes aéreos e a super lotação dos vôos em períodos festivos.
e)     Frete do transporte aeroviário.
Frete é a remuneração pelo serviço contratado de transporte de uma mercadoria e seu pagamento por ser efetuado de duas formas: frete pré – pago (freight prepaid) onde o pagamento é efetuado no local de embarque; e o frete a pagar (freight collect) que é o pagamento no local do desembarque.
Os custos de transporte são influenciados por diversas características, tais como: tipo de carga; peso e volume; fragilidade; embalagem; valor; distância e localização dos pontos de embarque e desembarque.
O frete do modal aeroviário é calculado por meio do peso ou do volume da carga, porém considerando aquele que obtiver maior valor. Essa relação entre peso e volume é estabelecida pela IATA (International Air Transport Associantion, ou Associação Internacional de Transportes Aéreo) que tem a seguintes recomendações:
1kg equivale a 600 cm³
1 tonelada equivale a 6 m³.
Dados da IATA
Existem ainda as tarifas baseadas em rotas, tráfego e custo da carga, ambas são estabelecidas no âmbito da IATA junto as empresas aéreas, para serem cobradas uniformemente, conforme a classificação a seguir:
·        Tarifa geral de carga (general cargo rates)
Normal: aplicada aos transportes de até 45 kg
Tarifa de quantidade: para pesos superiores a 45 kg
·        Tarifas classificadas (class rates):
É o percentual adicionado ou deduzido da tarifa geral, conforme o caso, quando o transporte de mercadorias especificas, como produtos perigosos, restos mortais e urnas, animais vivos, jornais e periódicos, e cargas de valor, assim consideradas aquelas acima de US$ 1000/kg, apurados no aeroporto de cargas.
·        Tarifas especificas de carga (specific commodity rates):
Que são tarifas reduzidas aplicáveis a determinadas mercadorias, entre dois pontos determinados (transporte regular). Possuem peso mínimo.
·        Tarifa ULD (Unit Load Device):
É o transporte de unidade de domicilio a domicilio, aplicável a cargas unitizadas, em que o  carregamento e o descarregamento das unidades ficam por conta do remetente e destinatário, onde é prevista a cobrança de multa por atraso por dia ou fração até que a unitização esteja concluída.
·        Tarifa mínima:
Este tipo de tarifa representa o valor mínimo a ser pago pelo embarcador, sendo esta não classificada pela IATA.