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sábado, 2 de março de 2013

Casamento civil do meu irmão Sérgio



É com grande prazer que vejo esse dia chegar.

Na verdade ontem foi para mim um dia especial, o dia em que vi meu irmão realizar seu sonho: casar-se com a Andrea.

Alguns vão dizer que o importante mesmo é o casamento religioso, que acontece em maio desse ano. Outros que o civil é o importante, que aconteceu ontem. Eu prefiro dizer que o importante é o casamento que se faz todos os dias ao acordar e ao dormir. É nesse momento que se renova tudo aqui que é dito perante o juiz ou padre. É o momento em que esqueci dos erros e busca o acerto. É o momento de renovar o amor.

Eu não ia assistir o casamento do meu irmão, pois estou no curso de legislação de trânsito e teria aula naquele horário. Mas o destino, quis que eu ali estivesse e a aula do curso foi cancelada. Só assim pude ver a felicidade nos olhos do meu irmão e da minha cunhada.

Imagino que tenha sido um momento mágico para os dois. Mas foi ainda mais mágico para quem estava ali presente e viu a felicidade nos gestos de ambos.

Desejo que aquela felicidade que vi nos olhos deles dois na hora do casamento, seja a felicidade que eu veja todos os dias na vida deles dois. Que os sonhos de ambos seja concretizado e que cada vez mais esse amor seja renovado e cresça.

Ontem foi apenas um pequeno passo na vida desses dois. Ainda virá muitos outros, que serão construídos dia a dia.

Não perdi meu irmão, ganhei mais um membro na família, minha cunhada. Aos poucos vamos aprendendo a conviver e a se respeitar, que talvez seja o principal nessa historia toda. Ganhei mais um membro não, ganhei mais alguns membros, pois a Andrea e seus filhos, agora também fazem parte dessa família e sejam bem vindos.

Aos noivos, ou melhor, ao casal... desejo toda a felicidade desse mundo e dos outros também. Desejo sabedoria para enfrentar os momentos difíceis, pois sei que vão surgir. Desejo determinação e audácia para enfrentar a vida junto. Mas acima de tudo isso, desejo amor, pois somente com ele a vida a dois será plena.

 

Deixo aqui algumas fotos da comemoração do casamento civil do Sérgio e Andrea, agora um Nicolete de Freitas, do aniversário da Andrea (e do Sérgio também, que foi na segunda-feira) e alguns momentos engraçados da noite.

Apagando as velinhas

Turma reunida

Turma reunida

Ieda e Branquela

Momento engraçado - hora da faxina - Guido brincando com a minha vassoura preferida

A vez da Laurinha

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Uma Carta aos Céus...


Querido Papai do Céu,


Sei que faz tempo que não lhe escrevo e  mais tempo ainda que não vou a uma missa, ou paro diante de uma igreja. Mas eu e o Senhor sabemos que no meu intimo jamais esqueci os ensinamentos que aprendi quando pequena, ou com meu irmão durante o crisma, e que na maioria das noites, quando a insônia me faz companhia, pego aquele antigo terço de madeira e me ponho a rezar.


Hoje a insônia novamente me faz companhia. E ao invés de buscar auxilio naquele meu velho companheiro terço, busquei uma folha em branco e uma caneta qualquer. Sentei cuidadosamente não chão, aqui mesmo na sala de visitas de minha casa. Como companhia, tinha minha cadelinha Branquela e os sons que vinham de minha rua. E como fonte de inspiração uma foto da minha família.


Olhei por alguns minutos para aquela folha em branco. Bem sei que tenho muito a escrever, mas não sei por onde começar. Nem tão pouco se devo realmente começar. Eu não queria falar de mim, dos meus sentimentos, nem tão pouco de algo que me fizesse lembrar do longo dia que passei. Queria falar do futuro...


Futuro! Essa palavra ecoou tão forte em minha mente. Que futuro seria esse? Um ano, dois. Quem sabe 10 anos? Balancei a cabeça como quisesse que o pensamento fosse embora de uma vez. Não era desse futuro que eu queria falar.


Era o futuro especifico.


Dia 25 de fevereiro de 2012, o dia em que meu irmão completa 30 anos de vida. Pra mim um motivo de orgulho, de festa, de comemoração. Pra ele, “aniversários são apenas aniversários, um dia como outro qualquer onde as pessoas fingem se importar com você e você fingi que se importa que elas lembrem de você”. Palavras que ouvi dele uma vez quando lhe perguntei por qual motivo ele não gostava de comemorar seus aniversários.
Eu e o Sérgio no Jardim Japonês.


Não sei ao certo se esse era o verdadeiro motivo, ou se meu irmão é tão tímido ao ponto de não gostar de festas de aniversário por nesse dia o aniversariante ser o centro das atenções. Ou se existe alguma lembrança que lhe faz não gostar de comemorá-los. Confesso que pouco lembro de comemorarmos os aniversários dele. Ou caia no carnaval, ou na quarta-feira de cinza, ou simplesmente ele não fazia questão de comemorar.


Mas hoje é diferente... não é todos os dias que se comemora 30 anos, não é mesmo?


Pode até não ser os 30 anos que ele tanto sonhou em ter, mas são 30 anos.


Acho que foi por esse motivo, Papai do Céu, que sentei aqui e me coloquei a escrever para o Senhor. Não quero pedir nada para mim e sim pelo meu irmão, seu humilde servo, que por tantas vezes se ajoelho diante do Senhor tão frágil e tão forte ao mesmo tempo, em busca de forças  para seguir em frente.


Venho pedir por ele, pelo meu irmão.


Sei que muitas vezes eu e ele discordamos das coisas, que implicamos um com o outro, e até em certos momentos pensamos que nossa vida bem que seria diferente se não tivéssemos um ao outro; que não precisaríamos dividir a atenção da mãe, que seriamos os donos de tudo, que não perderíamos nosso tempo fazendo favores para o outro e outras tantas coisas a mais...


Mas quando olho a minha vida, vejo que eu não seria absolutamente nada se não fosse por ele. O devo tanto que nem em mil anos conseguirei pagar tudo o que ele fez por mim. Foi meu irmão, meu amigo, meu pai, meu protetor, meu companheiro de faculdade, meu anjo da guarda.


Como honestamente poderia viver sem a presença constante dele?


Alguns dia ouvi ele dizendo que não havia motivos para comemorar essa data tão especial, pois, segundo ele, não tinha feito nada que merecesse comemoração. Sai de mansinho da sala para que ele não me visse chorar e ao sentar na varanda daqui de casa comecei a lembrar.


Como ele podia dizer que não fez nada importante nesses 30 anos? Será que ele havia esquecido que se não fosse ele e eu nossa mãe não estaria mais aqui? Será que ele esqueceu que se não fosse por ele, eu não teria um pai?


Por favor, me aponta ai de cima Papai do Céu, qual outro rapaz você conhece que agüentou a barra de ter uma mãe e uma irmã para cuidar aos 15 anos de idade? Qual outro rapaz que com essa idade e toda aquela pressão, agüentou firme e forte e, agüenta até hoje?


Sei que inúmeras vezes ele deve ter abdicado de compromissos ou de desejos para está ali conosco. Sei também que sonhos e paixões foram deixadas para trás por conta de toda a situação quem vivemos. Sei das inúmeras noites em claro que passou planejando o que fazer com essa nova família que tinha; das vezes que quis desistir e não fez; dos momentos em que quis se revoltar e não o fez; das noites em que eu e ele éramos confidentes fieis, e apoio para dor um do outro.


Como ele pode dizer que não fez nada de importante que merecesse ser comemorado? Ele foi o primeiro filho de um casal; o primeiro neto de duas famílias; o primeiro irmão que tive. Por anos foi o único neto homem da nossa família paterna.


Como pode dizer isso? Quem foi o primeiro dos netos a entrar numa universidade? Os anos de comunidade Mariana, não contam? Os amigos que conquistou durante esses anos, também são feitos? As medalhas que conquistou nadando, também foram feitos?


Como não fez algo importante? Ele criou uma garota de 10 anos, como se fosse seu pai. Assumiu a responsabilidade por dá juízo a ela, por incentivar na educação e além de tudo me deu inúmeras vezes o colo para que eu pudesse chorar. Não admito que ele diga que não é importante para mim.


Foi ele que me ensinou a não ter medo do preconceito alheio; que deveria olhar nos olhos dos outros sem ter medo de ser rejeitada por isso; que os humilhados uma dia serão os vencedores; que me fez acreditar que o futuro poderia ser diferente e que nossa família tinha o direito de sonhar.


Foi ele meu companheiro nas noites de insônia; nos nossos rituais de estraga musica; foi ele quem dançou comigo a valsa de formatura do Abc; meu cavalheiro de honra nos meus 15 anos; meu padrinho de crisma; meu companheiro de faculdade e de formatura.


Como não fez nada importante? E as pessoas que ele ensinou a palavra de Deus, das inúmeras vezes que falou de Deus para seus alunos de crisma; das inúmeras vezes que escutou seus amigos e que ajudou a trazer paz aos corações aflitos; que emocionou as pessoas com seu testemunho. Dos anos e anos que ajudou a criar a comunidade que ele tanto tem amor. Dos anos em serviço daquela comunidade.


Será que esqueceu para muita gente ele é importante? Para mim. Para nossa mãe. Para a Andréia. Para os seus amigos de comunidade, de faculdade, de pós-graduação. Para os amigos e admiradores que conquistou durante todo esse tempo de luta.


Como não ter o que comemorar? Como não comemorar por cada batalha vencida, por cada dia vencido; por cada momento conquistado; por cada historia vivenciada.


Tudo bem que não conseguimos ainda montar nosso próprio negócio como era o seu maior sonho. Mas isso não quer dizer que não o montaremos um dia. Certa vez ouvi um professor falar que alguns projetos precisam serem analisados inúmeras vezes para que somente depois de algum tempo de amadurecimento ele possa ser colocado em prática. Eu acredito que essa filosofia se aplique ao nosso negócio, que o tempo que ele está nessa “incubadora” seja o tempo que nos dois também cresçamos para comandá-lo  como ele merece.


Sabe Papai do Céu, sei que meu irmão teve sonhos que ainda não os realizou. Sei que muitas vezes ele deixou de ir atrás dos sonhos dele para não nos deixar sozinhas. E sei que existem inúmeras coisas para comemorar. Por isso peço ao Senhor, que é amigo intimo dele, que o mostre o quanto ele é importante para muita gente; que esse trinta anos não significam um marco de tristeza e sim a oportunidade de refazer todos os sonhos, só que agora mais amadurecido.


Peço ao Senhor, que quando mandar os seus anjinhos para abençoar meu irmão essa noite, lhe diga que agora é que começa a brincadeira de verdade; que os trinta anos que se passaram do seu nascimento até aqui, foram apenas o treinamento da vida real; que será daqui para frente que as coisas irão acontecer de verdade.


Peço que o Senhor ilumine o coração dele, para que ele perceba que a felicidade não está em fazer grande coisas na vida e sim, em fazer  pequenos gestos que serão eternos na memória de um monte de gente.


E daí que não se tornou um milionário? E daí que não compramos inúmeros terrenos mundo a fora? E daí que não temos uma Ferrari na nossa garagem? E daí que não somos ídolos de uma nação inteira? E daí que nem si que somos conhecido, ou celebridades instantâneas? Isso honestamente não é importante.


O importante mesmo, é que temos um ao outro e que juntos vamos nos preparar para essa nova fase da sua vida. Prometo que estarei aqui, apoiando, incentivando e trabalhando junto com você para realizarmos todos os nossos sonhos.


Lembra que uma vez eu falei que merecíamos sermos felizes? Quem sabe sua felicidade meu irmão, não comece exatamente nos seus trinta anos?


Por fim, Papai do Céu, peço que nessa data tão especial o Senhor se faça presente na vida do meu irmão, ensinando o valor da família, dos amigos, do amor e principalmente o valor da vida, pois toda vida tem sua importância na dinâmica desse mundo e por mais que ele ache que não fez nada de importante sempre terá alguém que ache que ele foi a peça mais importante de sua vida.


Obrigada!


Dely Nicolete





P.S: Meu querido irmão, espero que seu dia seja simplesmente perfeito; que você descubra que são dos pequenos feitos que o homem se torna grande; que a idade somente mede o tempo, jamais ela medirá um coração. Tenho orgulho de você, do seu coração,  de sua luta. Tenho orgulho de ter você como meu pai, meu amigo e principalmente meu Super Sérgio agora trintão.


Feliz Aniversário!


Que todos os seus sonhos se tornem realidade daqui para frente, pois agora sim, chegou a sua vez de ser feliz.


Beijos


Dely Nicolete

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Desespero de um aluno - bricaderinha

Olá galerinha,
Tudo bom?

Hoje trago uma pequena brincadeirinha que eu, meu irmão e um amigo (Gleidson) da faculdade fizemos esse fim de semana.

Era previsto que na Segunda-feira, dia 14 de Fevereiro, iríamos ter uma prova de Legislação Trabalhista e Previdenciária.

E para ser completamente sincera, boa parte da turma estava completamente desesperada, inclusive eu.

Ao ser informada, que a prova havia sido adiada, enviei e-mails para vários colegas de classe, que ficaram imensamente felizes com a tal noticia, tanto que soltaram a criatividade nas respostas.

Recebi um, do meu amigo Gleidson (membro do UBC) que me fez rir pra caramba no finalzinho do meu domingo. Ele soltou a criatividade, tanto que mereceu está aqui no blog.

O e-mail foi esse:

x - X - x
Querida Dely,


                     Você não pode imaginar o quanto o fato dessa prova ter sido adiada me deixou triste. Estava louco para fazer essa prova logo na segunda-feira, que diga-se de passagem, é o dia em que acordo mais cedo e em consequência o dia da semana em que estou com mais sono. Isso e  fato de saber dessa prova somente na sexta, de ter assistido a apenas duas aulas..., enfim, vários são os motivos para eu não... quero dizer, para eu querer essa prova na segunda-feira.

                     Estou quase aos prantos por essa notícia. Ainda incrédulo, peço-lhe por favor, que confirme essa tão penosa notícia.

Smiley chorando                   Smiley triste                     Verde de inveja                 Smiley decepcionado                       Triste



P.S.: A prova foi         PROCRASTINADA!!!
UHUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!


x - X - xQuando li o tal e-mail estava com o meu irmão. Rimos por um bom tempo da criatividade do nosso amigo.

Meu irmão na mesma hora me fala: “ Esse merece uma resposta a altura”

Olhamos um para o outro e sem dizer nada, fomos logo sentando e juntos começamos a escrever uma resposta criativa.

Depois de inúmeras leituras e releituras, surgiu essa resposta.

Espero que gostem...

x - X - x

Prezado senhor Gleidson Max,

Sinto informar que é real e efetiva a súmula que a vossa senhoria tem em mãos. A nossa tão esperada prova de legislação trabalhista e previdenciária, que será baseada no principio da irrenunciabilidade do direito estudantil de ser vitimado por provas, realmente não acontecerá na segunda-feira.

De acordo com o principio da primazia da realidade, a nossa egrégia professora de legislação trabalhista e previdenciária cometeu uma grave penalidade ao salvar o arquivo de nosso adorável instrumento de tortura (a prova) em um formato distinto, não compatível com o sistema operacional vigente em nossa instituição de ensino superior.

Talvez, as vossas rogações e clamores tenham sido ouvidos e a vossa senhoria, jovem cidadão de bem, trabalhador empenhado, da ilustre Prefeitura de Horizonte – Ce e estudante tão atuante em nossa instituição de ensino, foi aquinhoado com mais dois dias para realização de estudos mais aprofundados sobre a temática em questão.

Sinto também em informar a vossa senhoria, que a referida súmula da procrastinação de nosso exame, que o senhor tem em mãos, não exclui os elementos fáticos-juridicos já antes abordados, cujos mesmos incluem a pessoalidade, a onerosidade e a não eventualidade.

Em caso de infrações no decorrer da ação jurídica (a prova) sofreremos as devidas sansões normalizadoras, as quais poderão ser desde um belo e circunfêrico zero, transitando por um semestre invalidado e chegando ao ápice com o indeferimento da colação de grau  por tempo indeterminado.

Podendo a vossa senhoria entrar com o recurso junto ao SECAD de um requerimento solicitando uma segunda chamada, mediante o pagamento das devidas taxas processuais.

Deixo aqui minha profunda admiração por vosso texto tão criativo. Uma verdadeira obra de arte moderna, que nomearei, se me permites, com o nome de “o desespero do aluno – parte I”.

Boa segunda-feira, com um pesinho a menos...

Atenciosamente
Senhorita Serdelina Glecia Nicolete de Freitas.

P.S: Oh Mah, em resumo, todo treco ai quer dizer que foi ADIADA MESMO....
            Hei te espero na segunda-feira na sua terceira aula de legislação...

Bom galerinha,
Boa segundinha para todo mundo
E que o principio da primazia esteja com vocês...

Com carinho
Dely Nicolete

P.S: Colaboração do meu irmão Sérgio  Gleiston e do Gleidson Max

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Carta para meu irmão Sérgio

Querido irmão,
por inúmeras vezes quis abrir o meu coração com você e falar sobre a minha admiração por ti. Talvez por medo ou por falta de oportunidade na correria do dia - a - dia, isso não tenha se tornado possível. Confesso que por várias vezes tentei, mas o nó na garganta não me permitiu;

Mas logo eu, que falo feito uma tagarela não conseguir falar? Por incrível que pareça, eu também fico sem palavras as vezes.

É tão mais fácil falar, aconselhar ou até mesmo resolver os problemas de pessoas que não conhecemos. O peso da responsabilidade é menor. Se aconselhamos errado, não importa tanto, quando não sabemos se aquela pessoa voltará a cruzar nossos caminhos...

Mas falar de sentimentos com pessoas que conhecemos e amamos é tão difícil... Não deve ser, mais é! Pois quem nos conhece nos desarma, nos deixa a vontade e é perigoso ser desarmado assim, dessa maneira. Há anos não me permitir ser desarmada dessa maneira. Sempre ali firme, forte, com coragem e garra. Lagrimejar talvez, mas me desarmar não!

Para muito a Dely é alguém que não se abala fácil. Ela agüenta! É inabalável. Acho que ouvi isso tantas vezes que acabei acreditando nisso. Mas então...

Então é quarta-feira, dia 20 de Outubro de 2010.
Segunda aula.
Aula de APL - arranjos produtivos locais - com o professor Sócrates. Em um momento acadêmico minha armadura brilhante e resistente se espatifou no chão.

Naquele momento descobri que ainda era humana, que tinha sentimentos como qualquer outra pessoa. Descobri que minha armadura brilhante, tão bem cuidada, não mais cabia em mim...

O professor começou sua aula... Falaríamos de valores...
Veio o primeiro colega que ao falar de seus sentimentos de saudade abriu uma brecha dentro de mim. Depois veio o segundo que falou de lembranças, o terceiro que falou de gratidão e assim cada um ia falando. As lágrimas molhavam os meus olhos, mais ainda estavam tímidas para mostrarem sua face.

Então... tudo mudou...
Alguém que conheço bem se levantou ao poucos se aproximou do professor, com um caderno na mão e se colocou a falar. Ouvi uma voz que me soava familiar, que me acalmava o coração, me passava segurança. Era você, meu irmão que iria falar...

Falaria de seus valores... Agora eu saberia dos seus valores. Mais cedo lhe perguntei quais eram e recebi como resposta que era "uma caneta". Estava curiosa para saber o que a tal caneta representava... E ao iniciar seus texto escuto uma frase que falava de uma irmãzinha e como num estalo me fez voltar no tempo.

A cada palavra sua, surgiam em minha mente cenas de nossa infância. Elas eram tão nítidas como o meu reflexo no espelho antes de sair de casa.  Lembrei das brincadeiras, da correria que fazíamos dentro de casa; dos piqueniques no jardim; dos banhos de praia, ou mesmo de piscina, ou ainda de mangueira ao banharmos o Trovão; das partidas de futebol, onde eu mais levava gol do que fazia; das noites de Natal, que íamos dormir esperando encontrar o Papai Noel no ato da entrega dos presentes; ou de quando eu tinha medo do escuro e corria para dormir contigo, segurando tua mão até adormecer, me sentia tão segura ali.

Lembrei de quando eu era pequena e que ficava chorando por que você tinha me deixado em casa quando ia pro colégio. Chorava por que queria ir junto com você. E por obra do destino, depois de vinte anos eis que estamos estudando juntos na faculdade (juntos mesmo, mesma sala, mesma turma).

As lágrimas já não mais me obedeciam. Pareciam crianças rebeldes ou então que eu tinha uma represa dentro de mim e que naquele momento tinha acabado de estourar e as lágrimas eram  os efeitos disso tudo.

Tantas pessoas ali ouvindo aquelas palavras. Muitas me olhavam com carinho, sabiam que o texto era para mim. Outras tantas te olhavam com admiração e empolgadas com a historia que ali era revelada. Ainda tinham aquelas que choravam de emoção, mesmo sem entender bem o que era dito, ou ainda sem saber de verdade o tão profundo era aquele texto.

Não eram só suas lembranças...
Era bem mais que isso...
Era a historia de dois irmãos. Dois irmão que se complementavam, que se superavam a cada dia que passava, que tinham vencido a dor que teve em seus caminhos e que juntos cresceram. Era a historia de duas almas que Deus uniu, que pôs no caminho uma da outra e que sem estarem juntas nada seriam.

Para os ouvintes, aquele texto era apenas uma bela historia.
Para mim...
Nossa vida!!!

Passamos por tantas coisas juntos, não é mesmo? Mas as superamos sempre. Não sei se da forma certa ou errada, mas se os fins justificam os meios, eis ai o resultado. Caímos, levantamos, reconstruímos e hoje ainda construindo nosso futuro caminhando juntos.

Ao terminar a aula, em abraços de pessoas que muitas vezes nem si quer troquei palavras de boa noite durante o semestre inteiro, ouvi frases que diziam: "parabéns, vocês são exemplos de superação", "me apaixonei pela historia de vocês dois". Ou ainda de pessoas que me conheciam desde o primeiro semestre da faculdade, dizendo: "agora te admiro ainda mais", "vocês são apaixonantes".

Não sei se aquelas palavras são realmente validas para mim. Talvez não sejam! Mas uma em especial fiz questão de guardar dentro de mim. O seu Almir, que se falei três vezes durante o semestre inteiro foi muito, me falou em um abraço forte: "continuem assim unidos, não percam nunca esse laço de amor e de amizade, foi Deus quem fez vocês tão amigos assim".

Eu e o Sérgio no meu aniversário de 24 anos. Esse sorriso é que me dá sentido na vida.

Quando falei dentro do carro para você que os meus valores eram coisas impalpáveis, não brincava. Falava de valores que ninguém poderá tirar de dentro de mim. Que talvez nem para você,  meu irmão, que tantos momentos dividiu comigo, sejam eles tão fortes.

Falava das minhas lembranças....
Das mais profundas e singelas lembranças que tenho de minha vida. Que nada, nem ninguém poderá tirá-la de dentro de mim...

Ninguém irá tirar de mim o sorriso que juntos dávamos nem os momentos em que você se soltava e me mostrava o teu melhor lado. Ninguém vai tirar de mim a lembrança das noites em claro, sentados lá na varanda, conversando sobre os nossos problemas, nem das lágrimas que derramamos juntos, abraçados.

Ninguém vai me tirar a lembrança das noites em que a sala lá de baixo e o violão eram as únicas testemunhas do massacre que fazíamos com as musicas de nossos ídolos nem de como éramos desafinados. As brigas de travesseiros, os riso de piadas sem graça.

Ninguém vai  tirá de mim a lembrança de cada cinema e CD que ganhei nos meus aniversários de você, como num ritual de amizade e de amor. Nem as cambalhotas que te vi dá, só pra ver um sorriso nos meus lábios.

Ninguém vai tirar de mim a cara de preocupação que você ficava quando eu senti falta de ar nem o sorriso que você deu quando te falei que estudaríamos juntos e juntos montaríamos o teu sonho.

Ninguém vai tirar de mim o super - irmão que você foi todos os dias. O super - padrinho que você é (mesmo sem me deixar pedir sua benção). Nem o super - Sérgio que espantava os meus medos quando eu era pequena e que depois de grande se tornou o super - pai Sérgio.

Lembra aquele dia na ponte metálica, quando nos prometemos que nunca iríamos abandonar um ao outro? Me perdoa por ter sido tão fraca na época? Pensei milhões de vezes em quebrar essa promessa e dá um fim na minha dor. Só não fiz isso naquele período por você... Juro que nunca vou te abandonar, mesmo quando eu não mais tiver presente de corpo na tua vida. Sempre estarei com você, é só abri o seu melhor sorriso e lembrar que você teve uma "desmiolada com juízo" do seu lado, ou então da minha musiquinha da catraca eletonica do shompping (kkk - juro que não vou pôr nunca aqui, fica só entre nós) e vou tá do teu lado sorrindo. Eu juro!!!

Meu irmão, posso não falar todos os dia que te amo ou que te admiro, mas saiba que não tem um dia si quer que não me olhe no espelho e veja o reflexo de tua obra em minha vida. Sem você não seria nem a metade do que sou.
Obrigada por ter me guiado pelo caminho do bem, por ter aliviado  as minhas dores, por ter perdoado os meus erros e principalmente por nunca ter desistido de mim, mesmo quando eu mesma já tinha jogado a toalha.

Obrigada por ter sido o MEU PAI, MEU IRMÃO, MEU COMPANHEIRO DE AVENTURAS e por ter sido o meu SUPER - SÉRGIO!

Você é a luz da minha vida!
Obrigada por seu amor e sua amizade.

Com carinho,
Dely Nicolete

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O que seria de mim sem minha irmã?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Que seria de mim sem minha irmã?

Este texto escrevia há quase um ano e meio. Permaneceu oculto até ontém. Fora proposto por nosso professor que falássemos acerca de nossos valores. Abri meu pequeno livro de memórias e li diante de todos essa declaração de amor fraternal.

Um menino loirinho, de olhos claros, beirando os quatro anos de idade, entra abruptamente no quarto dos pais. De repente, uma voz rouca o indaga: “você gostaria de ter um irmãozinho?”

Essa é uma de minhas lembranças mais antigas. À pergunta de meu pai devo ter respondido afirmativamente, pois não tardou para que minha irmã nascesse. Imagino que meus pais já tinham percebido a minha tendência à solidão e quiseram me presentear com uma companhia.

Desde criança, fui sempre muito imaginativo. Quando vi aquela bebezinha chegando à minha casa pensei que meus pais a tivessem comprado no supermercado ou em um shopping. Era só ir até lá e escolher uma criança como se faz com qualquer eletrodoméstico. Mas, não se aceitava devoluções! Eu não conseguia descobrir onde era a tomada ou onde ficavam as pilhas daquela menina que chorava o tempo todo! Só podia ser Duracell!

Minha irmãzinha precisava de um nome. Fui eu quem lha deu. Há uma historinha, contada todos os anos por minha mãe, na ocasião de seu aniversário, como se fosse um mantra ou algum tipo de ritual. Minha bisavó gostava muito de mim, quando íamos visitá-la, ela sempre me oferecia balas, chocolates, doces, biscoitos; por isso, eu a chamava de “Vovó Bombom”. Como forma de homenageá-la achei que seria bonito que minha irmã se chamasse Serdelina. Até hoje, a pobrezinha implica comigo por causa disso. Não consigo imaginar o sacrifício enorme que ela teve que fazer, no colégio, para aprender a escrever esse nome do leste-europeu. O mais cômico é que as pessoas se engancham ao pronunciá-lo, sai cada coisa: Sedelina (sem o “r”), Sardalina, Serdilina (com “i”)... Para facilitar, ela prefere ser chamada de Dely (não é Dêly ou Delí, é Dély – não sei de onde ela inventou o “y”).

O fato era que eu não entedia muito bem o que significava ter uma irmãzinha. Nem sempre fomos bons parceiros. Da infância, o que mais me recordo é de nossas brigas fraternais. E ela batia forte!

Antes de ela nascer, eu era o centro das atenções: o neto, homem, mais velho, o xodó de meus avós e tios, de ambos os lados da família. Aí chega aquela bebezinha, toda faceira, espertinha, dada com todo mundo, tomando meu lugar. Há uma fase em que a criança deixa de ser engraçadinha para os adultos e estes começam a exigir dela um comportamento de homenzinho, o qual nem sempre é fácil de aceitar.

Até pouco tempo, achava que isso era um comportamento exclusivamente meu, porém, segundo um psicanalista famoso na área de comportamento infantil, toda criança passa por esse drama, por vezes, imaginário: achar que está perdendo o amor dos pais e parentes devido a chegada do irmãozinho. Então, surge a fantasia de achar que se é adotado. Foi isso que aconteceu, por exemplo, na história da Cinderela: em seus relatos mais antigos, nada se fala de qualquer tipo de maus-tratos de seus irmãos (adotivos?), mas ela, na condição de filha mais velha, se sentia ameaçada por eles. A madrasta nada mais seria do que a própria mãe biológica da Cinderela fantasiada por sua mente infantil que vive o drama de não se achar parte dessa família. Que criança nunca passou por isso em sua vida?

Com o tempo, graças a Deus, fui aprendendo que não havia nada a temer. Pelo contrário, a sua companhia rendeu muitas e boas aventuras. Ser filho único é solitário, é ruim na hora de brincar. Fico a imaginar o quanto deve ter sido difícil para ela também.

Na maioria das vezes, brincávamos juntos, não importava se tínhamos de inverter os papéis: eu brincava de casinha, comidinha e boneca com ela e ela jogava bola, brincava de carrinho, de vídeo-game e outras coisas de menino comigo.

Está fresquinha na memória a lembrança de que também gostávamos de brincar de teatrinho. Improvisávamos umas peças e, não sei como, mostrávamos aquilo para nossos pais. Recordo-me de um personagem que criei: o Super Sérgio! Minha irmã tinha uma toalha infantil branca de capuzinho. Eu achava aquilo um espetáculo. Colocava na cabeça e fingia ser um super-herói. Que garoto de minha geração não sonhava o mesmo? Alguns queriam ser o Super-Homem ou o Batman... Eu era o Super Sérgio. Parecia um prenúncio daquilo que um dia eu me tornaria para minha irmã: uma espécie de protetor, guardião, sem capa, sem super-poderes, apenas munido de carinho.

Apesar das briguinhas infantis, a maior parte das vezes, fomos muito unidos: até os meus quatorze anos dormíamos juntos no mesmo quarto, brincávamos juntos, fazíamos natação juntos, estudávamos no mesmo colégio, fui seu par na formatura do ABC, o cavaleiro a dançar a primeira valsa dos quinze anos, seu padrinho de Crisma e, hoje, somos colegas de sala na faculdade.
Eu e o meu irmão no meu aniversário de 24 anos.

A maior de todas as lições que aprendi com minha irmã foi a humildade. Ser irmão é o maior de todos os treinos para se tornar humilde. Humildade é a condição de alguém que possui algum tipo de privilégio, mas que, no entanto, decidiu abrir mão dele para se fazer igual ao outro. Jesus é o exemplo máximo de humildade: mesmo sendo Deus, não se apegou a Sua condição divina, e se fez pobre com os pobres. Eu nunca deixarei de ser o primogênito, contudo, isso não é o mais importante, pois esta condição pode ser extremamente solitária. O essencial é ter quem amamos por perto, mesmo que isso signifique um “rebaixamento” de nosso status. A finalidade dessa descida ao lugar do outro nada mais é do que o desejo de elevá-lo aos mais altos patamares. Isso só fui capaz de compreender quando o amor de Cristo me encontrou.

Outra grande lição de fraternidade nos foi dada pelo tempo e do modo mais cruel para qualquer criança: a separação inesperada de nossos pais. Pelos idos de 1996, as brigas e discussões entre eles, outrora veladas, tornavam-se cada vez mais explícitas. Aquela nova realidade com a qual nos defrontamos, não condizia com a imagem de lar feliz que achávamos possuir. Meu pai se tornara dependente do álcool e minha mãe entrava, aos poucos, em uma crise depressiva profunda. O divórcio era inevitável. Há época minha irmã beirava os onze anos e eu quinze quando soubemos da decisão que mudaria para sempre nossa forma de ver o mundo.

Lembro como hoje: era um sábado, aprontávamo-nos para a aula de catecismo, iniciaram mais uma discussão, chamaram-nos ao quarto e anunciaram, entre lágrimas, a separação. Motivo: havia outra na vida de meu pai. Minha irmã e eu chorávamos, pois sabíamos o que isso poderia significar: um vazio enorme. Verdade que nosso pai não era muito presente em nossas vidas, pois trabalhava muito, contudo era melhor ter um pai pouco presente do que um pai completamente ausente. Lição que logo aprenderíamos. Depois da triste cena, ainda chorávamos muito, quando nosso pai nos deixou na catequese – mal sabia ele que, naquele instante, estava nos colocando aos cuidados de um Outro Pai.

Essa separação, que nos próximos messes se revelaria cada vez mais traumática, principalmente para minha irmã, deu a mim o maior de todos os tesouros: uma família. Minha mãe, minha irmã e eu éramos inexperientes nas coisas do mundo, pois nosso pai sempre nos havia dado tudo de que necessitávamos, entretanto, esqueceu-se de nos ensinar como era a vida lá fora, além dos muros de nossa casa e distante de suas asas. Embora eu contasse com quinze anos, não sabia sequer andar no centro sozinho, pegar um ônibus, pagar uma simples conta ou realizar uma operação bancária. Quando penso nisso, vejo o quanto amadureci. Daquele dia em diante recebi minha família como presente, estávamos mais unidos como jamais fôramos. Eu não era casado, mas já tinha uma casa para tomar de conta e uma “filha” para cuidar, minha querida irmã. A partir daí eu seria o único referencial masculino que ela teria: seja para conversar, desabafar, aconselhar ou mesmo como responsável por cuidar, proteger e ensinar sobre as dificuldades da vida e malícias do mundo. Mas, qual referência de pai ou mesmo de homem eu tive? Muita coisa foi necessário aprender errando, porém, o meu maior referencial veio do Pai que eu conheci na mesma época: o Deus que me amou até o fim, o Homem Jesus de quem aprendi ser justo, honesto, verdadeiro, um homem diferente dos outros rapazes de minha idade, um verdadeiro homem.

Minha irmã e eu passamos por muitas dificuldades. Tivemos que amadurecer de pressa. Parte da adolescência fora roubada, atropelada. Contudo, isso nos serviu para estreitar nossos laços, inclusive quando tudo parecia conspirar contra nós e somente tínhamos um ao outro, mesmo diante do risco de morte... Fizemos uma promessa: nunca nos separaríamos.

Era noite. Havia passado por uma das maiores humilhações de minha vida, injustiçado por minha própria mãe, estava decidido abandonar a casa na qual me criei. Não queria mais sofrer pela falta de reconhecimento. Ninguém nunca pôde imaginar os sacrifícios que tive que fazer – mas um dia, naquele dia sem fim, chamado eternidade, todos saberão do segredo... eu me senti tão ferido em minha dignidade! Fugi de casa apenas com a roupa do corpo, a pé. Tinha dinheiro suficiente para me manter por algum tempo. Fui até a Igreja desabafar com meu Pai, derramar meu coração em lágrimas. Chorei como criança desamparada. Ao recobrar as forças, rumei para a rodoviária. Pensava em pegar um ônibus para a casa de meu avô materno e depois de algum tempo, sumiria para sempre... Foi quando me lembrei daquela promessa: não poderia abandonar minha irmã, quem iria defendê-la? O amor me fez voltar, fez com que eu ignorasse as humilhações e retornasse para cuidar dela.
***
Por que escrevo tudo isso? Aconteceu algo esses dias que me deixou preocupado. Era uma ensolarada tarde de quinta-feira. Íamos nos matricular na faculdade. Fomos de carro. Pouco tempo depois de sair de casa, um senhor invade a preferencial e atinge o lado do passageiro, onde se encontrava minha irmã. Minha primeira reação foi saber como ela estava. Graças a Deus, nada de grave ocorrera, bastaria um pouco mais de velocidade para tudo ter sido diferente!

O assombro daquele momento me colocou diante de uma possibilidade com a qual nunca teria contado: eu poderia perder minha irmã para sempre. Só de pensar nisso sinto um medo profundo. Não quero jamais chorar sua ausência definitiva. Isso não é natural. Natural é que os mais velhos se despeçam da vida por primeiro e os jovens trilhem seguros seus caminhos. Mas a vida é feita de surpresas. Nunca sabemos quando será o derradeiro encontro. Cada momento nos remete ao último instante. Ah, se compreendêssemos isso! A vida seria diferente...

Às vezes, sou muito reservado em meus sentimentos. Nunca disse tais coisas a minha irmã. Nunca disse o quanto a admiro e o quanto vejo nela alguém melhor do que eu. Alguém que me inspira. Uma razão para permanecer... sempre que não consigo falar, ponho-me a escrever: assim a fugacidade das palavras faladas se eternificam no papel. Sempre me pergunto: que seria de mim sem minha irmã? A única resposta que consigo encontrar é que seria apenas aquele garotinho loirinho que entrou no quarto dos pais... seria mais solidão.

Texto que meu irmão Sergio Gleiston escreveu pra mim e que foi revelado ontem na aula sobre os nossos valores...
disponivel no blog dele:  http://sergiogleiston.blogspot.com/
Obrigada meu irmão por tudo o que vc representa pra mim...

Com carinho,
Dely Nicolete