Olá meus amigos,
Tudo bom?
Sei que faz um tempinho que não posto nada sobre a Branquela
e sua nova fase. Peço desculpas, mas ando me acostumando com esse novo momento
da minha vida também.
Da ultima vez que nos falamos a Branquela andava tremendo e
eu não sabia qual o motivo. Então fui à veterinária e juntas decidimos fazer uma
série de exames: eletrocardiograma, um eco e uma pressão arterial.
Admito que quando a Dr. (a) Juliana me falou em fazer os
tais exames, isso me fez pensar no caso. Cheguei a falar com a minha mãe, que
chorou mais do que eu, e eu acabei tento que ser forte para segurar a barra
dela. Mas decidir: se a Branquela tivesse doença cardíaca e fosse preciso
operar, eu não operaria.
Acreditem essa não foi uma decisão fácil. Mas ao colocar a Branca
no colo, alisando aos pelos dela e deixando as lágrimas caírem, pensei em tudo
o que ela passou até então. Ela foi guerreira na ultima cirurgia, foi guerreira
a vida toda. Sempre demonstrou uma força incrível, mas operar de novo, ainda
mais na debilidade que ele se encontrava estava fora de cogitação.
Eu iria me controlar. Cuidar das dores dela até o ultimo
momento e deixar minha menina o mais confortável possível. Sem atos heroicos ou
atitudes desesperadas. Apenas cuidar dela e deixar o curso da vida seguir. Seria
difícil, mas seria o que eu faria e eu sei que ela entenderia perfeitamente
essa minha atitude.
No dia do exame, levantei cedinho e junto com uma amiga
(Janice) fomos fazer o eletro e a pressão dela. O eco ficaria para uma semana
mais na frente. Coloquei a Branca nos braços, com sua colerinha branca cheia de
brilhinhos. Alisando os seus pelos e rezando para que desse tudo certo.
Admito que estava nervosa, pois da ultima vez que estive
naquela clinica fiquei traumatizada com o raio x. Mas o exame até que foi bem
tranquilo, a Branca só teve um pedacinho da patinha raspada, mas nem dá para vê
direito.
O nervoso aumento ainda mais, quando chego em casa e vou com
os exames na veterinária, aqui do lado. A Dr.(a) Juliana já estava com os
exames na mãos e as noticias não eram das melhores, havia alterações preocupantes,
e seria preciso as pressas o eco e da avaliação de um especialista em
cardiologia canina. Conseguimos para a manhã seguinte, graças a Dr. (a)
Juliana.
Fiquei mais preocupada ainda. Coloquei meus joelhos no chão,
coisa que em raros momentos faço, e entreguei a vida da Branquela nas mãos de
Deus e de São Lazaro. Eles saberiam o que fazer. E souberam mesmo.
A médica que fez o exame era especialista e examinou a
Branca com todo carinho. Explicou-me o que a doença do carrapato fazia com o
animal, que seria possível ficar sequelas e que na idade em que a Branca estava
poderia ser perigoso.
Durante o exame cardíaco ouvi o coraçãozinho da minha menina
e a veterinária me explicou que o coraçãozinho dela batia fraquinho, que havia
refluxo sanguíneo, mas que para a idade dela não era nada mal, pelo contrario,
ela estava com problemas, mas com cuidados ficaria bem. Gostei do diagnostico. Gostei de saber que
minha menina tinha chances de vida. Era só tomar os remédios.
No dia do exame, falta ainda 15 dias para terminar o remédio
da doença do carrapato e a Branca havia emagrecido, agora estava com 7 kg e 800
gramas. O novo quadro era: 14 anos, 7,8kg, doença do carrapato, anemia, refluxo
sanguíneo, dores articulares.
Os dias foram passando e a Branquela tomando os remédios. O
que agora me preocupava era a perda de peso tão rapidamente. Num ato de loucura
total comprei uma mamadeira, na verdade uma chuquinha (igualzinha a da imagem),
algumas sopinhas de neném e outros alimentos para bebê, o que inclui farinha láctea,
mucilon, frutas tipo papinhas e outras coisas mais. (também nas imagens
abaixo).
Chegando em casa, fui testar a nova brincadeira de
alimentação da Branquela. Eu não, na verdade a minha mãe. O primeiro alimento
foi a papinha de farinha láctea. Ela comeu com tanta vontade e de um jeito tão lindo.
Foi essa atitude que fez a Branquela melhorar de vez.
Dávamos alimento liquido de duas em duas horas e ainda colocávamos a carne
dela. Ela tava começando a se alimentar de verdade. Porém a única coisa que
ainda não pegava era água.
Isso realmente era preocupante. Foi quando tivemos a ideia
de colocarmos água de coco na mamadeira e darmos para ela.
Pronto! Foi isso que salvou a vida da minha menina.
Hoje, 12 de Fevereiro de 2013 Branquela está pesando 8,2kg
comendo praticamente tudo que você imaginar e ainda tomando papinhas e mucilon
na mamadeira (acho que gostei da sensação de alimentar minha menina nos braços.
Hoje minha menina está de alta medica, sem doença do
carrapato, praticamente sem anemia. Recuperando o peso dela e sem dores
articulares.
Agora não dorme tanto como antes, já consegue subir e descer
as escadas (por mais que eu não goste muito da ideia de vê-la subindo sozinha).
Já anda a casa toda, balança o rabinho, late e até brinca com a gente.
Tenho muito que agradecer a Deus e a São Lazaro. Agradeço
pelo apoio que me deu nas minhas horas de agonia total; por não terem me levado
minha pequena travessa. Agradeço pelo tempo extra que estou tento com ela.
Agradeço a minha mãe, que me ajudou a cuidar da Branquela;
me ensinando como dá mamadeira e como alimentá-la sem machucá-la. Peço
desculpas se falei algo que lhe ofendeu. No nervoso e no medo de perder minha
filha sei que estava insuportável. Obrigada por me ajudar com a Branca, por
desculpar as mordidinhas que ela tava dando e por consolar meu choro, por mais
que a senhora chorasse também.
Obrigada a Dr. (a) Juliana Furtado por mais uma vez ter
cuidado da minha menina, por toda dedicação e carinho que teve conosco. Obrigada
por me acalmar nos momentos do meu desespero, por tratar da Branca com todo
carinho e por ter curado minha menina. A senhora, o Edinho e toda a equipe do
Meu Amigãozão foram maravilhosos comigo e com a Branca.
Agradeço a clinicas que a Branca fez os exames, a todos os médicos
que auxiliaram nos exames e atenderam a Branca. As segundas opiniões de vocês foram
tranquilizantes.
Agradeço a Ieda que me aguentou falando da Branca sem parar,
chorando feito criança. As orações dela e da minha cunhada Andrea também.
Obrigada aos pedreiros que estão trabalhando aqui em casa, que tiveram uma paciência
de Jó com a Branca e comigo (João, Luan, Chiquinho, Antonio, Chico,Raimundo,
Marcos, obrigada de coração pelos cuidados com a Branquela). Obrigada ao Coca e
a Cleu por também cuidarem da Branquela. Ao Coca pelas águas de coco sempre
docinhas, pelos passeios na frente da casa e por deixar a Branca fazer xixi no
seus quarto.
Agradeço a Janice por
me ajudar a levar a Branca no médico para fazer os exames e por dá uma de babá
de vez enquanto. Obrigada ao Negão e a Lina por levarem a Branca para fazer o
raio x logo no começo da doença.
Agradeço aos meus cliente que tiveram paciência comigo e que
torceram junto comigo pela recuperação da Branquela. Uma das minha cliente me
disse algo que ficará na minha memória eternamente: “ A Branquela já é parte de
você, é impossível não chegar aqui e não te ver com a Branca. Acho que sem a
Branquela você não consegui trabalhar direito.”
Ela disse tudo mesmo!
Hoje meu agradecimento final é para a minha menina. Obrigada
Branca por me fazer aprender a amar de verdade, por me ensinar a força que um
amor tem; por transformar a minha vida; por criar luz aos meus dias; por
simplesmente me amar como você me ama. Obrigada por ter me dado a vida, já que
desde que você veio para o meu caminho a vida se fez presente em mim.
Obrigada por dividir comigo sua vida e por fazer a minha
vida tão especial. Te amo muito!
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