terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Nova fase da Branquela - parte 5


Olá meus amigos,
Tudo bom?
Sei que faz um tempinho que não posto nada sobre a Branquela e sua nova fase. Peço desculpas, mas ando me acostumando com esse novo momento da minha vida também.
Da ultima vez que nos falamos a Branquela andava tremendo e eu não sabia qual o motivo. Então fui à veterinária e juntas decidimos fazer uma série de exames: eletrocardiograma, um eco e uma pressão arterial.
Admito que quando a Dr. (a) Juliana me falou em fazer os tais exames, isso me fez pensar no caso. Cheguei a falar com a minha mãe, que chorou mais do que eu, e eu acabei tento que ser forte para segurar a barra dela. Mas decidir: se a Branquela tivesse doença cardíaca e fosse preciso operar, eu não operaria.
Acreditem essa não foi uma decisão fácil. Mas ao colocar a Branca no colo, alisando aos pelos dela e deixando as lágrimas caírem, pensei em tudo o que ela passou até então. Ela foi guerreira na ultima cirurgia, foi guerreira a vida toda. Sempre demonstrou uma força incrível, mas operar de novo, ainda mais na debilidade que ele se encontrava estava fora de cogitação.
Eu iria me controlar. Cuidar das dores dela até o ultimo momento e deixar minha menina o mais confortável possível. Sem atos heroicos ou atitudes desesperadas. Apenas cuidar dela e deixar o curso da vida seguir. Seria difícil, mas seria o que eu faria e eu sei que ela entenderia perfeitamente essa minha atitude.
No dia do exame, levantei cedinho e junto com uma amiga (Janice) fomos fazer o eletro e a pressão dela. O eco ficaria para uma semana mais na frente. Coloquei a Branca nos braços, com sua colerinha branca cheia de brilhinhos. Alisando os seus pelos e rezando para que desse tudo certo.
Admito que estava nervosa, pois da ultima vez que estive naquela clinica fiquei traumatizada com o raio x. Mas o exame até que foi bem tranquilo, a Branca só teve um pedacinho da patinha raspada, mas nem dá para vê direito.
O nervoso aumento ainda mais, quando chego em casa e vou com os exames na veterinária, aqui do lado. A Dr.(a) Juliana já estava com os exames na mãos e as noticias não eram das melhores, havia alterações preocupantes, e seria preciso as pressas o eco e da avaliação de um especialista em cardiologia canina. Conseguimos para a manhã seguinte, graças a Dr. (a) Juliana.
Fiquei mais preocupada ainda. Coloquei meus joelhos no chão, coisa que em raros momentos faço, e entreguei a vida da Branquela nas mãos de Deus e de São Lazaro. Eles saberiam o que fazer. E souberam mesmo.
A médica que fez o exame era especialista e examinou a Branca com todo carinho. Explicou-me o que a doença do carrapato fazia com o animal, que seria possível ficar sequelas e que na idade em que a Branca estava poderia ser perigoso.
Durante o exame cardíaco ouvi o coraçãozinho da minha menina e a veterinária me explicou que o coraçãozinho dela batia fraquinho, que havia refluxo sanguíneo, mas que para a idade dela não era nada mal, pelo contrario, ela estava com problemas, mas com cuidados ficaria bem.  Gostei do diagnostico. Gostei de saber que minha menina tinha chances de vida. Era só tomar os remédios.
No dia do exame, falta ainda 15 dias para terminar o remédio da doença do carrapato e a Branca havia emagrecido, agora estava com 7 kg e 800 gramas. O novo quadro era: 14 anos, 7,8kg, doença do carrapato, anemia, refluxo sanguíneo, dores articulares.
Os dias foram passando e a Branquela tomando os remédios. O que agora me preocupava era a perda de peso tão rapidamente. Num ato de loucura total comprei uma mamadeira, na verdade uma chuquinha (igualzinha a da imagem), algumas sopinhas de neném e outros alimentos para bebê, o que inclui farinha láctea, mucilon, frutas tipo papinhas e outras coisas mais. (também nas imagens abaixo).
 

Chegando em casa, fui testar a nova brincadeira de alimentação da Branquela. Eu não, na verdade a minha mãe. O primeiro alimento foi a papinha de farinha láctea. Ela comeu com tanta vontade e de um jeito tão lindo.
Foi essa atitude que fez a Branquela melhorar de vez. Dávamos alimento liquido de duas em duas horas e ainda colocávamos a carne dela. Ela tava começando a se alimentar de verdade. Porém a única coisa que ainda não pegava era água.
Isso realmente era preocupante. Foi quando tivemos a ideia de colocarmos água de coco na mamadeira e darmos para ela.
Pronto! Foi isso que salvou a vida da minha menina.
Hoje, 12 de Fevereiro de 2013 Branquela está pesando 8,2kg comendo praticamente tudo que você imaginar e ainda tomando papinhas e mucilon na mamadeira (acho que gostei da sensação de alimentar minha menina nos braços.
Hoje minha menina está de alta medica, sem doença do carrapato, praticamente sem anemia. Recuperando o peso dela e sem dores articulares.
Agora não dorme tanto como antes, já consegue subir e descer as escadas (por mais que eu não goste muito da ideia de vê-la subindo sozinha). Já anda a casa toda, balança o rabinho, late e até brinca com a gente.
Tenho muito que agradecer a Deus e a São Lazaro. Agradeço pelo apoio que me deu nas minhas horas de agonia total; por não terem me levado minha pequena travessa. Agradeço pelo tempo extra que estou tento com ela.
Agradeço a minha mãe, que me ajudou a cuidar da Branquela; me ensinando como dá mamadeira e como alimentá-la sem machucá-la. Peço desculpas se falei algo que lhe ofendeu. No nervoso e no medo de perder minha filha sei que estava insuportável. Obrigada por me ajudar com a Branca, por desculpar as mordidinhas que ela tava dando e por consolar meu choro, por mais que a senhora chorasse também.
Obrigada a Dr. (a) Juliana Furtado por mais uma vez ter cuidado da minha menina, por toda dedicação e carinho que teve conosco. Obrigada por me acalmar nos momentos do meu desespero, por tratar da Branca com todo carinho e por ter curado minha menina. A senhora, o Edinho e toda a equipe do Meu Amigãozão foram maravilhosos comigo e com a Branca.
Agradeço a clinicas que a Branca fez os exames, a todos os médicos que auxiliaram nos exames e atenderam a Branca. As segundas opiniões de vocês foram tranquilizantes.
Agradeço a Ieda que me aguentou falando da Branca sem parar, chorando feito criança. As orações dela e da minha cunhada Andrea também. Obrigada aos pedreiros que estão trabalhando aqui em casa, que tiveram uma paciência de Jó com a Branca e comigo (João, Luan, Chiquinho, Antonio, Chico,Raimundo, Marcos, obrigada de coração pelos cuidados com a Branquela). Obrigada ao Coca e a Cleu por também cuidarem da Branquela. Ao Coca pelas águas de coco sempre docinhas, pelos passeios na frente da casa e por deixar a Branca fazer xixi no seus quarto.
 Agradeço a Janice por me ajudar a levar a Branca no médico para fazer os exames e por dá uma de babá de vez enquanto. Obrigada ao Negão e a Lina por levarem a Branca para fazer o raio x logo no começo da doença.
Agradeço aos meus cliente que tiveram paciência comigo e que torceram junto comigo pela recuperação da Branquela. Uma das minha cliente me disse algo que ficará na minha memória eternamente: “ A Branquela já é parte de você, é impossível não chegar aqui e não te ver com a Branca. Acho que sem a Branquela você não consegui trabalhar direito.”
Ela disse tudo mesmo!
Hoje meu agradecimento final é para a minha menina. Obrigada Branca por me fazer aprender a amar de verdade, por me ensinar a força que um amor tem; por transformar a minha vida; por criar luz aos meus dias; por simplesmente me amar como você me ama. Obrigada por ter me dado a vida, já que desde que você veio para o meu caminho a vida se fez presente em mim.
Obrigada por dividir comigo sua vida e por fazer a minha vida tão especial. Te amo muito!

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