sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A nova fase da Branquela - parte 2


Mais uma vez venho postar sobre a Branquela e essa nova fase que admito está sendo bem complicada para mim e imagino que bem dolorosa para ela também.

Acho que o pior de toda  essa situação é você vê seu animalzinho, que antes comia tudo, que não negava nada... hoje nem si quer tocar na comida.

A Branquela não estava comendo absolutamente nada até ontem meio dia. Tentei de tudo, carne moída (que ela adora), leite, carne de lata dela, ração (essa é que ela não pega nem quando tá boa, quanto mais doente). As únicas coisas que ela ainda bebia era água de coco e três ou quatro lambidas naquelas sopinhas de criança.

Acreditem até passatempo recheado que é uma das grandes paixões da Branquela, ela tava negando.  Machuca pra caramba essa situação. Eu sei que ela sente fome, que tem até vontade de comer, mas a fraqueza e as dores não deixava que ela se alimenta-se. Ou talvez não mais sentisse o cheiro da comida.

Outra coisa que parte meu coração... A Branquela sempre andou atrás de mim direto. Se levanto, ela levanta também. Agora ela só consegue dormir e só percebi que sai quando sem querer ela acorda e vê que está sozinha no cantinho. Evito fazer isso, mas as vezes é inevitável.

Meus olhos se enchem de lágrimas quando a vejo me procurando sem me encontrar. Tento chamar, mais parece que minha voz também ela não ouvi. Aprendi agora que somente sons bem altos ela escuta, como o assobio, mas isso ela já associou a comida e fica difícil chamá-la para perto  por meio do assobio, já que quando ouvi ela vai para vasilha dela.

Outro momento que me feri a alma profundamente é a hora dos remédios. A Branca não engole remédio inteiro, nem misturado na comida. O jeito sempre foi dissolve-los e com uma seringa pôr na boca dela.

Ontem esse momento foi complicado. Ela simplesmente resolveu não engoli absolutamente nada. Tudo que eu colocava na boca dela, ela só esperava que eu baixasse a cabeça dela para derramar a metade.

Por um momento entrei em desespero total. A peguei com tanta delicadeza, acomodei seu corpinho cansado nas minhas pernas e sua cabeça nos meus braços e me coloquei a chorar.  Um choro tão dolorido, tão desesperado.

Alisava-lhe os pelos e conversava baixinho com ela, ora para não acorda minha mãe que dormia do lado, ora para niná-la em meus braços. Branquela ali mesmo dormiu. Me acomodei no chão, com as costas encostadas na cama e ali também cochilei, só acordei com o despertador me alertando da hora do próximo remédio.

Hoje ela amanheceu bem melhorzinha. Está se alimentando, bebendo água, andando bem melhor. Ainda dormindo muito e sem perceber minhas saídas, como é o caso agora. Ela ficou na sala e eu estou na salinha do computador.

Até lati hoje ela já latiu. Isso são músicas para os meus ouvidos. A Branca nunca foi de latir muito, mas todos os dia no fim da tarde, ela corria para garagem e ficava olhando os cachorros passarem, latindo para cada um deles como se dissesse que ali naquela casa tinha uma cadelinha que era dona do território.



Comecei a levá-la para passear no jardim daqui de casa e parece que começa a surgi resultados já que aos poucos ela se anima.

Dentro de breve, venho com mais noticias sobre essa nova fase na minha pequena.

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