Mais uma vez venho
postar sobre a Branquela e essa nova fase que admito está sendo bem complicada
para mim e imagino que bem dolorosa para ela também.
Acho que o pior de
toda essa situação é você vê seu
animalzinho, que antes comia tudo, que não negava nada... hoje nem si quer
tocar na comida.
A Branquela não
estava comendo absolutamente nada até ontem meio dia. Tentei de tudo, carne moída
(que ela adora), leite, carne de lata dela, ração (essa é que ela não pega nem
quando tá boa, quanto mais doente). As únicas coisas que ela ainda bebia era água
de coco e três ou quatro lambidas naquelas sopinhas de criança.
Acreditem até
passatempo recheado que é uma das grandes paixões da Branquela, ela tava
negando. Machuca pra caramba essa
situação. Eu sei que ela sente fome, que tem até vontade de comer, mas a
fraqueza e as dores não deixava que ela se alimenta-se. Ou talvez não mais
sentisse o cheiro da comida.
Outra coisa que parte
meu coração... A Branquela sempre andou atrás de mim direto. Se levanto, ela
levanta também. Agora ela só consegue dormir e só percebi que sai quando sem
querer ela acorda e vê que está sozinha no cantinho. Evito fazer isso, mas as
vezes é inevitável.
Meus olhos se enchem
de lágrimas quando a vejo me procurando sem me encontrar. Tento chamar, mais
parece que minha voz também ela não ouvi. Aprendi agora que somente sons bem
altos ela escuta, como o assobio, mas isso ela já associou a comida e fica difícil
chamá-la para perto por meio do assobio,
já que quando ouvi ela vai para vasilha dela.
Outro momento que me
feri a alma profundamente é a hora dos remédios. A Branca não engole remédio
inteiro, nem misturado na comida. O jeito sempre foi dissolve-los e com uma
seringa pôr na boca dela.
Ontem esse momento
foi complicado. Ela simplesmente resolveu não engoli absolutamente nada. Tudo que
eu colocava na boca dela, ela só esperava que eu baixasse a cabeça dela para
derramar a metade.
Por um momento entrei
em desespero total. A peguei com tanta delicadeza, acomodei seu corpinho
cansado nas minhas pernas e sua cabeça nos meus braços e me coloquei a
chorar. Um choro tão dolorido, tão
desesperado.
Alisava-lhe os pelos e
conversava baixinho com ela, ora para não acorda minha mãe que dormia do lado,
ora para niná-la em meus braços. Branquela ali mesmo dormiu. Me acomodei no chão,
com as costas encostadas na cama e ali também cochilei, só acordei com o
despertador me alertando da hora do próximo remédio.
Hoje ela amanheceu
bem melhorzinha. Está se alimentando, bebendo água, andando bem melhor. Ainda
dormindo muito e sem perceber minhas saídas, como é o caso agora. Ela ficou na
sala e eu estou na salinha do computador.
Até lati hoje ela já
latiu. Isso são músicas para os meus ouvidos. A Branca nunca foi de latir
muito, mas todos os dia no fim da tarde, ela corria para garagem e ficava
olhando os cachorros passarem, latindo para cada um deles como se dissesse que
ali naquela casa tinha uma cadelinha que era dona do território.
Comecei a levá-la
para passear no jardim daqui de casa e parece que começa a surgi resultados já
que aos poucos ela se anima.
Dentro de breve,
venho com mais noticias sobre essa nova fase na minha pequena.
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