domingo, 21 de abril de 2013

Nova fase da Branquela - parte 6



Sei que já tem um certo tempo que não venho até aqui falar da minha cadelinha Branquela. E que da ultima vez que falei sobre ela, ela se recuperava da doença do carrapato. Pois bem, ela se recuperou, porém permaneceu com a artrite e com a insuficiência cardíaca dela.

Passado dois meses – fevereiro e março – do acontecido. Eis que minha menina novamente me dá outro susto. Ela começou a mancar do nada. Corri a levei na veterinária aqui do lado, fizemos um exame de sangue para vê não seria doença do carrapato de novo, e o resultado deu negativo. A Branquela estava melhor do que eu.

A dor seria apenas da artrite mesmo. Iniciamos com um remédio, chamado Meloxivet, que é um anti – inflamatório e anestésico. Isso aconteceu na quinta-feira da semana passada. No sexta ela ainda estava mancando e sentindo muita dor, então a Dra. Juliana mandou que eu iniciasse  o Alcort 20mg. E assim foi feito.

Terça-feira a noite, minha menina teve uma diarreia daquelas, tanto que se sujou inteira. Suspeito que tenha acontecido dela cai, por isso ter se melado. Quando vi, a peguei e junto com a minha cunhada, Andrea, fomos “banhá-la”. Na verdade, lavamos a metade suja, pois já estava muito tarde para um banho completo.

No dia seguinte, já medicada. Minha menina ainda estava mancando, porém andando. Passemos pelo jardim daqui de casa e fomos até a veterinária, tomar banho de toda semana. Pronto! Até aqui foi isso que aconteceu.

Eu a levei por volta das 9 horas. Deu meio dia e a minha menina não voltou. Comecei a achar que algo errado tava acontecendo e quando o telefone tocou e o Edinho me falou que a Dra. Juliana queria falar comigo, o coração simplesmente apertou. Fui correndo e quando chego lá minha menina está tomando soro.

A Ju me explicou que durante o banho, o tosador achou a Branca esquisita, muito quieta, parecendo uma bonequinha de pano. A primeira providencia foi pôr no soro, com glicose para tentar animar a Branquela, depois colheu-se sangue para uma sorologia focada na doença do carrapato, já que por meio de exame de sangue ficaria mais difícil de ser diagnosticada, pois a Branca já estava tomando corticoide e isso levantaria o número de plaquetas dela.

Passamos um bom tempo lá. Primeiro por que eu não consigo deixar a Branquela na hora que ela tá doente; segundo porque o veterinário, é do lado de casa e terceiro por que a Branca tinha que sai de lá bem. Tinha, porque não foi bem o que aconteceu.

A Branquela voltou para casa sem andar. Ela tem sensibilidade nas patas traseiras, mas não consegue apoiar as patas no chão. Na verdade, ela só consegue ficar deitada. Isso é torturante! A Juliana quis internar, eu fui quem não deixei. Como disse, só internaria se fosse num local que eu pudesse ficar junto, se não, nada feito.

Honestamente, me desculpe as clinicas veterinárias de plantão, mas não existirá lugar melhor para a minha menina fica que não seja aqui em casa comigo. Eu posso até tá piorando o quadro dela, mas aqui comigo, ela tem os medicamentos na hora certa, com direito a dengo, a carinho, a comidinha na mamadeira e todo o conforto da casa dela, da cama dela. Junto da dona dela.

Os diagnósticos são desencontrados: ora achamos que fosse novamente doença do carrapato, a sorologia provou que não; ora uma infecção que foi mostrado no exame de sangue, mas isso não causaria a paralisia parcial das patas – somente das patas, porque o rabo continua movendo-se quase que tranquilamente. Ela senti o estimulo, mas não se sustenta nas patas, nem levanta as patas para a posição certa da passada, quando colocamos na posição errada.

Não sabemos muitos detalhes, pois aqui em Fortaleza não existe um tomografia para cães e gatos. Uma vergonha por assim dizer. Então não tem como saber se foi algum problema neurológico.

Trabalhamos com a hipótese de ser um problema de artrite, medicamos para diminuir as dores e tentaremos fazer acupuntura, assim que conseguirmos falar com a veterinária responsável por tal procedimento.  O raio x ainda não pode ser feito, já que a Branca senti muita dor, ao ponto de me morder e morder a minha mãe também.

Cá entre nós, ela pode morder quantas vezes ela quiser. Eu não vou desistir dela... por enquanto o que podemos fazer está sendo feito. Ela está tomando Alcort 20mg, Buscopan, Dipirona, Luftal, Enropet, Lasix. E continuando o uso do Condrix, Geriatric e Fortekor 5, que são os medicamentos que ela permaneceu usando de janeiro para cá.

Infelizmente a Branca não consegui levanta para fazer xixi nem coco, ambos são feitos num tapetinho próprio para absorver o xixi. Ela também tem que fazer deitada, o que muitas vezes a incomoda, já que a Branca é uma cachorra limpinha que odeia tá molhada ou suja. A solução foi lenços umedecidos, higiapele com algodão para um banho diário e muito cuidado para troca de tapetinhos não acontecer bem na hora que ela tá mandando mais uma remesa de xixi.  

Olhando para a Branquela dormindo agora, fico imaginando a dor que ela está sentindo, sem poder andar, sem levantar direito. Minha menina sempre foi tão independente, tão dona de si. E agora, dependendo de minha ajuda para tudo.

Acho que acabamos estreitando ainda mais os laços de amizades entre eu e ela. Nunca imaginei que minha menina poderia passar por uma situação como esse, nem nos meus piores pesadelos. Isso é doloroso de vê... mas acho que a doença dela de Janeiro desse ano me mostrou o quanto sou completamente apaixonada por minha cadelinha. Paixão não, o que sinto pela Branquela é amor, o mais puro amor que um ser humano pode sentir por seu animalzinho de estimação.

Eu sei que é difícil para mim. Mas também deve ser difícil para ela. A mordida não foi nada demais, por mais que a mão da mãe esteja machucada e inchada, mas a minha não, se precisar, e se isso alivia a dor dela, pode morder o quanto quiser.

O que eu quero agora é ver essa minha pequena peludinha correndo de novo dentro de casa. Indo para cima e para baixo atrás de mim. Sentadinha bem no meio da rampinha que fizemos para ela no quintal. Paradinha no meio das portas de casa. Batendo na porta do consultório para entra. Eu quero a minha pequena comigo...

Minha menina tenho certeza que logo você vai ficar boa de novo e poderemos brincar o tempo todo. Só luta mais um pouquinho, por que eu não vou desistir de você e sei que você não vai desistir de mim. Eu sei disso e confio que você vai melhorar.

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