quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Trabalho de SIG - parte 2


Aquilo que o autor chama de “verdades históricas” leva-o a definir que:

Em qualquer época, nós, seres humanos, sempre necessitamos e necessitaremos de:
·         Definir claramente o objetivo a atingir;
·         Desenvolver um planejamento de como viabilizá-lo;
·         Nos organizarmos, de acordo com o plano estabelecido;
·         AGIR – pois que sem ação não haverá reação, não haverá resultados;
·         Comandar e coordenar as ações (nossas e de terceiros), sob nosso comando;
·         Controlar o desempenho (nosso e da equipe) e avaliar os resultados obtidos (2001:2)

Trata-se daquilo que CHIAVENATO chama de “ponto de vista mais amplo”, “tarefa básica da administração” (2008:12), em oposição ao “conceito tradicional e estreito” (Idem: 11) que consistia apenas em planejar, organizar, dirigir e controlar. A diferença fundamental consiste em focar nos objetivos e metas. “Graças ao processo de avaliação de resultados é que poderemos determinar a necessidade ou não de alteração de planos, da organização dos recursos e mesmo dos próprios objetivos” (CASSARRO, 2001:2).
E ainda podemos observar que a tarefa “controle e avaliação”, em CASSARRO, “não é, nem deve ser, executada como atribuição estática, final”, porém “deve ser executada continuamente, durante a realização de cada tarefa”, “deve ser de responsabilidade de cada executor”, não mais como algo restrito a “uma área de controle” (2001:2); Com isso, avaliação e controle permeia todo o processo. É o que permite a alteração ou permanência dos planos.
Com base nesses dados iniciais, o autor nos fornece três definições do que vem a ser uma empresa.
A primeira, a nível mais amplo, diz que empresa é “um agrupamento, uma organização humana, com atribuição de atividades e de responsabilidades entre os vários seres que a constituem, de modo que se possa atingir objetivos predeterminados” (2001:1).
A segunda definição que CASSARRO nos fornece nesse capítulo I, diz que empresa “é a reunião de recursos, visando atender a um dado objetivo” (2001:2).
Comparadas a outros autores, como por exemplo, PARSONS, as duas definições anteriores de CASSARRO descrevem aquilo que se chama de “organização”: “unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos” (CHIAVENATO, 2008:5). Empresa seria “um tipo específico de organização” (CHIAVENATO, 2008:9).
Por fim, complementando ainda mais a definição de empresa, o autor, cita uma frase do 32° presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt (1933-1945): “empresa é uma entidade jurídica que tem como obrigação apresentar lucro, lucro este suficiente para permitir sua expansão e atendimento das necessidades sociais” (2001:2).
Das três definições que o autor nos fornece no capítulo em questão podemos inferir que empresa é uma entidade jurídica, que visa atingir objetivos predeterminados e atribuindo a cada um de seus membros responsabilidades que ajudaram a transformar os recursos e atender as necessidades existentes.
O próprio CASSARRO reconhece que “o maior objetivo de qualquer organização é o adequado atendimento de sua comunidade, de sua clientela” (2001:3). O lucro é conseqüência desse atendimento adequado. CHIAVENATO, fortalecendo ainda mais a afirmativa de CASSARRO, escreve:

É fundamental identificar qual é realmente o negócio de sua empresa. Muitas empresas perseguem tradicionalmente a idéia de que o seu negócio é o produto ou serviço que oferecem ao mercado. Errado! Essa é uma abordagem estreita, míope e confinada. O produto ou serviço deve servir a uma finalidade maior do que ele próprio. Quando a empresa focaliza exclusivamente o produto ou serviço que produz, está perdendo mercado e dinheiro (2008:28).

E conclui dizendo que o produto deve ser “analisado sob o ponto de vista do cliente que o compra e utiliza e não sob o ponto de vista de quem o produz” (Idem: 29).
Para Antônio Carlos CASSARRO, os fatores que podem determinar o sucesso de uma empresa são:

a)    Uma conceituação clara do objetivo a ser atendido;
b)    Um planejamento global e uma organização tal que permita, mediante o emprego dos recursos necessário, cumprir o objetivo; e,
c)     Uma sistemática de controle, prevista e determinada pelo planejamento capaz de medir os resultados reais contra os planejados e, mediante um sistema correto de feedback, possibilitar a doação de medidas necessárias à correção de possível desajustes (2001:3).
  
Para A.C. CASSARRO “toda e qualquer empresa, por menor ou maior que seja, qualquer que seja seu ramo de atividade é um sistema (ou um macro-sistema)” (2001:3). Mas, o que é mesmo um sistema? O autor não o define explicitamente. Devemos buscar em outras fontes tal definição. Para REBOUÇAS sistema “é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função” (2004:23). Para BIO “considera-se sistema um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo” (1996:18). Semelhante também é a definição proposta por FERREIRA, REIS & PEREIRA: “um sistema pode ser visto como um todo organizado ou complexo; uma combinação de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitário” (2006:59). Por fim, para CHIAVENATO, “um sistema é um conjunto integrado de partes inter-relacionadas que existem para atingir um determinado objetivo ou cumprir um determinado propósito” (2008:33).
Percebe-se, pois, que, para todos os autores analisados, um sistema envolve interação entre as partes para formar um todo com uma determinada finalidade.
A Teoria dos Sistemas surgiu de uma percepção dos cientistas de que certos princípios e conclusões eram válidos e aplicáveis em diferentes ramos da ciência. Imbuído dessa filosofia, o biólogo alemão Ludwig von Bertalanffly lançou em 1937 as bases da Teoria Geral dos Sistemas (FERREIRA, REIS & PEREIRA, 2006:58).
BIO acrescenta:

Os conceitos e aplicações agregativas e de sistemas desenvolveram-se rapidamente depois da Segunda Guerra Mundial. Passa-se, então, a ouvir falar de sistemas de defesa, sistemas hidráulicos, sistemas econômicos etc. De fato, se a época anterior a Primeira Guerra Mundial foi de análise, a posterior converteu-se numa época síntese. Isso, porém, não significa que desapareceu a análise. Ao contrário, tornou-se ainda mais poderosa, com o constante desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos. A ênfase em combinar os resultados da análise em um todo é que mudou radicalmente; e essa característica torna interessante e úteis os conceitos de sistemas (1996:17)
As idéias de sistemas tiveram um impacto de tal ordem que, praticamente, afetaram todos os demais campos do conhecimento humano. Daí as referências nas mais variadas áreas de conhecimento à ‘abordagem sistêmica’ ou ‘enfoque de sistemas’
A palavra sistema envolve, de fato, amplo espectro de idéias. Pode-se pensar em sistema solar ou no corpo humano com um sistema. Diariamente depara-se com sistemas de transporte, sistemas de comunicação, sistemas biológicos, sistemas econômicos etc. (1996:18).

CASSARRO classifica a empresa como um “macro-sistema” (2001:3). CHIAVENATO alerta que “ dependendo da focalização que se queira utilizar, uma empresa pode ser considerada um sistema composto de vários departamentos (subsistemas) e fazendo parte de um sistema maior (macrossistema), que é a própria sociedade da qual faz parte” (2008:34). Em outras palavras, a empresa representa o macro em relação aos seus departamentos, porém, é um subsistema da comunidade na qual está inserida.
Aquilo que CASSARRO chama de “comunidade” (2001:4), REBOUÇAS prefere chamar de “ambiente” (2004:25), “também chamado de meio ambiente, meio externo, meio ou entorno” (2004:26). Já CHIAVENATO, denomina-o de “contexto” (2008:37). O que vem a ser o a “comunidade” ou “ambiente”? “é o conjunto de elementos que não pertencem ao sistema, mas qualquer alteração no sistema pode mudar ou alterar os seus elementos e qualquer alteração” (REBOUÇAS, 2004:25). “Constitui o seu mercado” (CASSARRO, 2001:4).
Em suma, A.C. CASSARRO nos diz que:

A empresa obtém da comunidade os recursos necessários – capital, mão-de-obra etc. – e lhe atende as necessidades, mediante o fornecimento de produtos (bens e/ou serviços). Dá interação empresa/mercado provêm os dados básicos para, junto aos dados operacionais da empresa, possibilitar a análise de desempenho, o planejamento e sua atualização, realimentando o ciclo de Planejar-Decidir-Operar (2001:4).  

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