segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Assim foi meu Natal

Olá pessoal
Tudo bom?

Como foram de Natal?
Ganharam muito presente?

Espero de verdade que todos tenham passado uma noite natalina tranqüila, com saúde e união. Se os presentes não vieram, não se entristeça! Imagine que o maior de todos os presentes é a saúde e a sua família.
Há dias atrás imaginei que passaria minha noite de Natal no hospital, me tratando de minha inflamação renal. Fiquei muito triste e até cheguei a chorei com medo dessa hipótese, mas no fim, eis que vim para casa e ainda deu tempo de fazer minhas compras natalinas.
Então descobri, que mais importante que um presente, é a saúde, pois com ela posso ver o sorriso nos lábios do meu irmão e da minha mãe nessa noite tão mágica.

Por isso, lhes digo minha noite de Natal foi tranqüilo...

Passei em casa com a família mesmo (mesmo por que, ainda to tomando umas injeções que dói para caramba e andar tá meio complicado, mas deixa quieto que é melhor).

Mas foi gostoso assim mesmo...

Talvez este seja o ultimo Natal nessa casa onde moramos, pois em dois meses nossa casa nova estará pronta e logo nos mudaremos para lá.

Quem me conhece sabe que essa época do ano para mim é mágica, que é um dos melhores dias do meu ano.

Não pelos presentes.

Mas pela magia que paira no ar.

Pelo encanto que tem nessa data.

Minha mãe quase todos os anos diz que não vai fazer nada, que não montará nossa arvore e que irá mesmo é dormir cedo.

Muitas vezes, suas palavras me entristecem, pois dentro de mim, Natal não é somente as arvores, as luzes e os presentes.

Pelo contrario, essa parte da decoração é apenas uma simbologia para aproximar ainda mais nossa família.

Digo a ela, com um sorriso meio sem graça que ainda sou criança (mesmo com 24 anos) e que Natal é a época que mais gosto do ano.

Ela acaba por montar nossa arvore, por enfeitar a casa e fazer de tudo para que tenhamos uma boa ceia.

Neste ano estávamos aperreados com os problemas da nova casa, com a faculdade que tomavam todo o nosso tempo e já me conformava em não ter Natal.

Eis então que minha mãe me surpreende e sozinha enfeita a casa... Quando chegou em casa, de noite já, vindo de uma aula cansativa. Abro a porta meio desanimada e cansada e vejo as luzes belíssimas a brilhar

Os olhos encantado se enchem de lagrimas e num sorriso digo

“Nosso Natal está salvo, minha heroína lembrou que essa era a época que mais gosto”

O cansaço se foi e por um algumas horas sentei com a Branquela nos braços e admirei nossa bela arvore

As lagrimas desciam no meu rosto...

E quando descobri que estava doente e que ficaria internada, o medo tomou conta de mim.

Seria o meu ultimo Natal na casa que tantas alegrias me deram e não iria passar lá.

Todas as noites rezava pedindo a Deus que me levasse de volta para casa.

E eis que na terça – feira, dias antes do Natal, o medico me disse que posso ir para casa, mas que tomaria umas injeções para ficar boa, que elas teriam que ser tomadas todos os dias.

Sem pensar logo respondo: “Claro doutor, sem problemas!”

Mal sabia eu, que as tais injeções doíam para caramba. (Se um dia você tomou bezetacil, sabe da dor que estou falando e acredite, é uma por  dia). Feliz da vida, voltei pra casa, revi minha  pequena cadela e novamente me encantei com as luzes a brilhar em nossa arvore.

O dia seguinte chegou como um raio... Primeira injeção viria...

A tomei no braço... Doeu para caramba, mas com vergonha de deixar as lagrimas cair, me fiz de dura e agüentei ali calada.

Fui as compras junto com uma grande amiga minha (Iêda). Rimos, brincamos, conversamos, deixamos o tempo guiar nossos passos. A dor da injeção não parecia tão forte assim.

Não parecia... Mas era.

Ao chegar em casa, recebo uma ligação de um amigo, me implorando para daqui para frente beber muita água e não mais deixar a Coca-cola tomar conta dos meus dias. Prometo que vou beber água, mas a coca-cola, essa fica difícil dizer que não mais a beberei.

E outro amigo, já um tanto tarde (segundo ele) chega com uma linda surpresa nas mãos. Uma nova arvore de natal que havia comprado para pôr na outra casa.

Sento no sofá e fico olhando meu amigo montá-la... Conversando besteiras, e admirando a paciência que esse tinha a montá-la.

Assim foi o meu primeiro dia fora do hospital...

Então chega a quinta-feira... Segunda injeção.

Essa não podia ser no braço, ordem da auxiliar de enfermagem que ia aplicá-la em mim. 

Segundo ela, a dor seria menor...

Seria, por que doeu do mesmo jeito (agora andar era o problema).

O dia passou rápido... Chegou a noite, chegou a madrugada e logo amanheceu...


Dia 24 de Dezembro

Véspera de Natal...

Acordo numa alegria que não tem palavras para descrever.

Ao levantar e pôr o pé no chão descubro que seria uma longo dia de dor (e ainda nem tinha tomado minha terceira injeção).

Meu irmão assim que me ver fala: “Vamos tomar a injeção, que dá tempo de melhorar para a noite”.

Quem não acredita nas palavras do seu irmão, do seu padrinho, de quase seu pai?

Mas dessa vez, ele mentiu...

Mentiu por que não sabe o tamanho da dor dessa injeção.

A noite, mal conseguia andar direito (calçar um salto alto então, era loucura).

Loucura ou não, era Natal.

Eis que fiz justamente o que os loucos fariam...

Troquei de roupa, uma saia linda vermelha, com uma camiseta branca e o meu sapato salto alto...

A cada passa dado um dor vinha...

Sorriso nos lábios, afinal é natal.

E  assim, juntos festejamos a chegada do Nosso Menino Jesus.

Com nossas orações silenciosas, e nossos corações cheios de alegria.

Assim foi o meu Natal...
E o seu?

Com carinho,
Dely  Nicolete

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