sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Platônico...


Queria entender o que se passa comigo... nunca antes tinha me sentido assim. Parece que algo aqui dentro de mim se quebrou e deixou que esse sentimento saísse de onde quer que ele estivesses.

É estranho!

Meus olhos brilham ao encontrar os teus... as pernas estremece ao sentir tua presença... o coração dispara ao ouvir o simples som de tua voz...

Eu sei, tem algo errado comigo. Sempre me orgulhei de ser racional, de não permitir sentir tais sentimentos e  agora aqui estou... feito uma boba a ti olhar, clamando a Deus que você me olhe, ou retribua me sentimento.

Eu que nunca me contentei com migalhas, hoje suplico por apenas um “olá” vindo de você. Eu que nunca pensei em te desejar, hoje não consigo passar um segundo si quer sem te imaginar do meu lado.

Loucura talvez! Ou simplesmente descobri o que o amor pode fazer?

Sou tão pequena diante do teu brilho divino. Olho com a curiosidade de uma apaixonada para cada gesto teu, para cada atitude sua. Decoro cada movimento e tento decifrar a todo instante o que o teu olhar que me dizer, imaginando tão ingênua, que seja mil juras de amor somente para mim.

Como isso foi me acontecer?

Eu que sempre ti vi como um bom amigo, um grande amigo. Alguém que me inspirava ser um ser humano melhor; que inúmeras vezes me fez querer ser tão grande como você é. Quis tua inteligência, teu profissionalismo, teu bom senso. Ou pelo menos ter em mim algo pelo qual pudesse me orgulhar.

Eu que te via como um exemplo a ser seguido, hoje descubro que de tanto te admirar, me apaixonei.

Será que sou digna de tal paixão?

Tudo parece tão diferente. Antes me aproximava de ti, falava sem medo de parece boba, te olhava sem receio de corar. Agora sinto frio na barriga, pernas bambas e sofro com a ideia de ser rejeitada.

Hoje falo pouco... tenho receio de te olhar nos olhos e acaba me entregando, deles revelarem o que estou sentido.

O que faço agora? Fujo... e corro o risco de perder o amigo?

Ou fico aqui sentada te olhando, vivendo essa paixão platônica, mas segura?

O que fazer?

sábado, 3 de novembro de 2012

Gonzaga - de Pai pra Filho



Olá pessoal,
Tudo bom? Como foi o feriadão de vocês? Sei que para muito deve ter sido muito triste por conta da saudade, mas hoje é outro dia e é dia de renovar as forças e que tal um cineminha para terminar, ou começar, a semaninha?
A dica de hoje são duas: Gonzaga – de Pai para Filho e 007 Operação Skyfall. As duas opções que estou dando eu assisti uma semana passada e a outra hoje e relativamente eu adorei. São tipos de filmes completamente diferentes um do outro e tem suas surpresas.


Vamos começar com a do Gonzagão que assisti hoje nos cinemas e simplesmente me encantei com a história de vida desse Rei do Baião e de seu filho Gonzaguinha. Primeiro de tudo, quem assistiu o filme “Os dois filhos de Francisco” e gosto do que seu diretor – Breno Silveira – fez, irá se encantar com “Gonzaga – de Pai para Filho”. Uma história baseada em fatos reais, cheia de emoção, muitas risadas e regada com boa música. Dá vontade de cantar e dançar dentro do cinema.
Eu simplesmente adorei... simplesmente mesmo. Deixo claro, que não nasci na época da explosão do Luis Gonzaga, nem tão pouco sou fã de baião. Lógico que como qualquer nordestino e como qualquer brasileiro, conheço algumas músicas dele, como “Asa Branca”, que foi uma das primeiras músicas que aprendi a tocar no teclado, quando tinha aulas com o professor Júnior, um amigo do meu pai. Já Gonzaguinha pouco conheço, talvez uma ou duas músicas e olhe lá – pode dizer, que falta de cultura essa sua criatura, mas lembre-se, por favor, nesse período eu era criança ainda e não tinha muita noção do que letras como as de Gonzaguinha significava.
Mas o filme me encantou. Encantou por ter visto uma obra bem trabalhada, com cada ator reencarnado seus personagens. Era como se o tempo tivesse voltado naquela sala de cinema e eu presenciasse uma avalanche de emoções.
Land Viera, ator que interpreta Gonzaga mais novinho – adolescente melhor dizendo – deu um show de interpretação. Prendeu minha atenção ao ver que o mulato, pobre, ingênuo havia sido bem criado, mesmo com tanta pobreza que o sertão oferecia. Land Viera, Claudio Jaborandy (interpretando pai de Gonzaga, Seu Januário) e Cyria Coentro (mãe de Gonzaga) fizeram com que logo de inicio me encantasse com a história.
Daí para frente a emoção só foi apertando cada vez mais. De Land Viera vimos Gonzaga se transformar em Chambinho do Acordeon e dele para Adelio Lima de uma forma tão harmônica que poderia jura se tratar da mesmo pessoa.
Mas chega de falar só de Gonzaga. O filme mostra também a história com a visão de seu filho Gonzaguinha, que durante o filme inteiro lhe deixa na dúvida se é ou não filho de Gonzaga. Que o interpreta é Juilio Andrade, que dá um show de interpretação e de emoção. Pense em encontros tensos, com diálogos cheios de carinho e de revolta e uma verdadeira descoberta, um grande acerto de conta.
Cheguei a me colocar no lugar dele, de Gonzaguinha. Imagino a revolta que não se passava dentro dele por nunca antes ter tido a chance de conhecer o seu pai, de conhecer que era o real Luiz Gonzaga e não aquele que estampava capas de revistas e discos.
Admito que me emocionei com a forma que Gonzaguinha e Gonzaga acertam seus ponteiros, com o desenrolar da história e com a beleza do trabalho exposto tão brilhantemente por Breno. Aqueceu meu coração e de muita gente que estava naquela sala de cinema.
Diga-se de passagem, que estava lotada.
Fica a dica de um belo filme para assistir nesse domingo. Consulte os horários nos cinemas e aproveitem, pois é maravilhoso.